Rússia intensifica ataques contra as cidades de Kharkiv e Mariupol, na Ucrânia
Hoje, o conflito no leste europeu segue para o 42º dia
A Rússia intensificou, nesta quarta-feira (6), os ataques contra as cidades ucranianas de Mariupol e Kharkiv. Os relatos são de governos locais, segundo o G1.
Hoje, o conflito no leste europeu segue para o 42º dia, com 480 civis foram mortos e pelo menos 2.195 feridos na Ucrânia, conforme subsecretária-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Rosemary DiCarlo.
Nesta terça-feira (4), o prefeito de Mariupol, Vadim Boichenko, disse que a situação "vai além do desastre humanitário". A cidade, localizada no sudeste da Ucrânia, está sitiada e sofre bombardeios há semanas pelas tropas russas.
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"Estimamos em cerca de 120.000 o número de habitantes ainda presentes em Mariupol. A situação vai além do desastre humanitário, porque há mais de 30 dias as pessoas não têm aquecimento, água, nada", declarou o prefeito, por videoconferência em Zaphorizhzhia, a 200 quilômetros de Mariupol.
"Estamos nos coordenando com vários interlocutores para retirar toda a população de Mariupol", afirmou o prefeito."É muito importante retirar todos de lá, sua situação não é perigosa, é insuportável", acrescentou.
Já no domingo (3), pelo menos sete pessoas morreram e 34 ficaram feridas em um bombardeio russo em um bairro residencial em Kharkiv, cidade localizada no nordeste da Ucrânia.
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No dia seguinte (4), o governador de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, enfatizou que a situação é "tensa" em todo Donbass controlado pelo governo ucraniano, no leste do território, onde o Exército está pronto para enfrentar as forças russas. A população civil deve ser retirada ainda na segunda-feira.
"Mantemos firmemente todo território, (...) mas a situação é tensa em toda a parte", admitiu o governador da administração militar-civil da região de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, em entrevista coletiva em Kramatorsk.
"A situação mais difícil é na direção de Izum [uma cidade recentemente capturada por tropas russas na fronteira com a região vizinha de Kharkiv], onde esperamos que a situação piore", disse Kyrylenko.