O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tomou posse para terceiro mandato consecutivo nesta sexta-feira (10). A cerimônia foi realizada em meio às críticas da oposição e a desaprovação internacional. Apesar disso, Maduro fez um discurso enérgico, prometendo um "período de paz, prosperidade, igualdade e uma nova democracia".
"Juro pela história, juro pela minha vida e cumprirei", acrescentou o presidente, enquanto discursava diante do chefe do Legislativo, o poderoso líder chavista Jorge Rodríguez.
A posse ocorreu pelo com a presença do Parlamento, das Forças Armadas e de outros poderes do governo. Para o próximo mandato, ele propôs uma "grande reforma" na Constituição.
Maduro está no poder desde 2013. Durante esses 12 anos, ele recebeu apoio das Forças Armadas, tendo sido apadrinhado pelo já falecido Hugo Chávez. Sua liderança foi marcada pela recessão, alta inflação e escassez, assim como pelo êxodo de diversos venezuelanos.
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Centenas de apoiadores chavistas acompanharam a cerimônia de posse do presidente nas proximidades do Palácio Federal Legislativo, no centro de Caracas, onde foi reforçada a já maciça operação de segurança lançada nos dias anteriores. "O povo está feliz, foi às ruas apoiar o presidente", disse um funcionário público de 49 anos, Wender Mendoza, em entrevista à AFP.
Oposição de Nicolás Maduro
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou que Maduro foi vencedor da eleição com 52% dos votos. Porém, a contagem detalhada ainda não foi publicada, conforme exigido por lei.
A oposição não concorda com a vitória, tendo publicado cópias de registros eleitorais em um site que aponta a vitória de seu candidato, González Urrutia, com mais de 70% dos votos.
Nesse processo, ainda denunciaram que Maduro teria dado "um golpe de Estado" ao tomar posse, apoiado "pela força bruta e ignorando a soberania popular que foi expressa de forma contundente em 28 de julho", dia das eleições presidenciais.