Espanhóis protestam contra aumento dos preços de moradia e turismo em massa

Comunidade autônoma de Andaluzia, no sul do País, é quem protagoniza manifestações

Escrito por Diário do Nordeste/AFP ,
Protesto Espanha
Legenda: “Casas são feitas para morar, não hotéis ou ativos financeiros para especular”, diz cartaz de manifestante espanhol contra o turismo em massa
Foto: Jorge Guerrero/AFP

As ruas de Málaga e Cádiz, no sul da Espanha, ficaram lotadas de manifestantes neste sábado (29). Nas reivindicações, milhares de pessoas de ambas as cidades querem o fim do turismo de massas, razão pela qual os espanhóis acreditam que foi determinante para a escassez de moradias mais baratas.

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Nas faixas da manifestação, os manifestantes criticavam os altos preços de locação residencial "Salário 1.300, aluguel 1.100, como viver?" e "Proibição de habitação turística". O lema dos protestos era "Málaga para viver, não para sobreviver". 

Um manifestante de 26 anos identificado como Quique disse que "a cidade tornou-se um parque de atrações". Ele ainda criticou que "as casas turísticas tenham substituído de forma irregular as casas habituais".

Orla mediterrânea e Picasso como atrativos

Somente em Málaga, onde moram cerca de 570 mil pessoas, são 39 mil moradias para fins turísticos. Os dados são do Instituo Nacional de Estatística (INE) da Espanha.

Localizada na costa do Mar Mediterrâneo ao sul da Espanha, Málaga rapidamente se tornou um dos destinos turísticos mais procurados na Europa. Além das praias, a cidade ainda é terra natal do célebre Pablo Picasso (1881–1973).

A casa do pintor e artista plástico é um dos principais pontos turísticos da cidade. De acordo com dados do Governo de Andaluzia, somente em 2022, foram registrados 8,3 milhões de visitantes no local, 56% a mais do que no ano anterior, que ainda mantinha restrições sanitárias em virtude da pandemia de Covid-19.

 

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