Entregador encontra túnel de 220 metros e evita novo "roubo do século" em banco na Argentina
Túnel ficava localizado a alguns metros de uma agência bancária em San Isidro, em Buenos Aires
Um entregador encontrou, na última quinta-feira (8), um túnel de 220 metros de comprimento e 3,6 metros de profundidade na cidade de San Isidro, em Buenos Aires, na Argentina. O túnel seria usado num roubo a banco, onde a escavação estava a dois metros da área de segurança da agência.
Uma afiliada da CNN na Argentina reportou que o entregador descobriu o túnel ao tentar estacionar o no próprio carro e ser impedido por uma barra de ferro. Três pessoas também identificaram o objeto no chão e comunicaram às autoridades locais.
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Após a denúncia, os servidores municipais descobriram o túnel. As informações apontam que o túnel tinha início em uma oficina mecânica desativada, localizada a cerca de cem metros da agência bancária.
Baldes e ferramentas que teriam sido utilizados para a escavação foram encontrados no túnel, assim como uma estrutura que teria sido desenvolvida para evitar possíveis desabamentos durante a ação.
O porta-voz da prefeitura de San Isidro, que relatou o caso à CNN, afirmou que há indícios do trabalho de um engenheiro na construção da via junto de uma equipe grande de escavadores.
Informações policiais indicam que o túnel subterrâneo estava ativo há nove meses, mas os responsáveis pela construção não foram identificados. Além disso, ninguém foi encontrado dentro do túnel.
Furto ao Banco Central em Fortaleza
O caso, inclusive, é semelhante com o ocorrido em Fortaleza, no Ceará, em agosto de 2005. Na época, a ação foi bem-sucedida, se tornando o segundo maior assalto a banco da história do Brasil, quando foram levados cerca de R$ 164 milhões.
Notícias da época apontam que a ação levou cerca de três meses para concluir as obras do túnel. O furto foi realizado em um fim de semana, quando o banco estava fechado, e só foi descoberto na segunda-feira após a reabertura.
O túnel possuía 80 m de comprimento, 70 cm de largura e 4 metros de profundidade, construído abaixo das galerias de esgoto e acima do lençol freático. Ao todo, 36 pessoas foram acusadas, enquanto 27 delas acabaram presas.