Em disputa acirrada, eleição presidencial na Argentina será decidida neste domingo (19)

Assim como no pleito presidencial brasileiro, o argentino deve ser acirrado, com candidatos disputando voto a voto

Escrito por Redação ,
Esta combinação de imagens criadas em 12 de novembro de 2023 mostra o candidato presidencial do partido La Libertad Avanza, Javier Milei (Esquerda), e o candidato presidencial do partido União por la Patria, Sergio Massa (Direita), participando do debate presidencial na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires (UBA ) em Buenos Aires em 12 de novembro de 2023. Quando será segundo turno das eleições presidenciais na Argentina? Veja data e o que diz pesquisas
Legenda: No primeiro turno, em 22 de outubro, Massa ficou em primeiro lugar com quase 37% de los votos, seguido por Milei com 30%
Foto: LUIS ROBAYO / POOL / AFP

A votação para as eleições presidenciais na Argentina já foram iniciadas. Às 8h deste domingo (19), cidadãos do vizinho sul-americano começaram a ir às urnas para definir se o comando do País ficará sob o governista Sergio Massa (Unión por la Patria) ou o conservador Javier Milei (La Libertad Avanza).

Assim como no pleito presidencial brasileiro, o argentino deve ser acirrado, com candidatos disputando voto a voto.
 

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Isso porque Milei é quem lidera as intenções de votos no momento, apesar de o adversário ter sido o primeiro colocado no primeiro turno, em 22 de outubro. Naquela data, este foi classificado com 36,69% dos votos, enquanto aquele alcançou 29,99%.

Mas uma pesquisa realizada pela Atlasintel, na última sexta-feira (10), apontou que o conservador tinha 52,1% contra 47,9% das intenções de voto de Massa. A margem de erro é de um ponto percentual.

Primárias

Milei também liderou as primárias argentinas, em 13 de agosto, com percentual semelhante ao do fim de outubro. Essa etapa indica quais candidatos podem disputar o primeiro turno.

Agora, o postulante do La Libertad Avanza conta com o apoio de Patricia Bullrich (Juntos por el Cambio), terceira colocada das primárias. Esse pode ser um fator de impulsionamos de Milei.

Mas a projeção ainda tem chances de não se concretizar, já que a Argentina não tem costume de virar o resultado do primeiro para o segundo turno. Isso só ocorreu com o ex-presidente Maurício Macri conseguiu, em 2015, por exemplo.

Conheça os candidatos

SERGIO MASSA

É o atual ministro da Economia argentino. De alinhamento centro-esquerda, é ex-presidente da Câmara dos Deputados e integra a coalizão Unión por la Patria (União pela Pátria).

Massa figurou em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto nas primárias, mas ocupou a terceira posição nas eleições realizadas em agosto, com pouco mais de 27% dos votos. No primeiro turno, foi o mais votado.

Defende pautas como o equilíbrio fiscal, o câmbio competitivo e o superávit comercial, e promete reduzir a inflação e melhorar o poder de compra dos assalariados. Na educação, quer promover a formação tecnológica como parte do currículo do ensino médio do país.

JAVIER MILEI

Candidato mais votado nas primárias realizadas em agosto, com 30,2% dos votos válidos, Milei tem 52 anos e é considerado de extrema-direita. No primeiro turno, contudo, ficou em segundo. Ele está ligado à coalizão conservadora Libertad Avanza (Liberdade Avança) e foi eleito deputado federal em novembro de 2021. 

Ele defende bandeiras como a dolarização da economia argentina, privatização de estatais, e a não regulamentação do porte de armas. Na economia, pretende fechar o banco central argentino, abandonar o “peso” como moeda e, por efeito, sair do Mercosul.

Ideologicamente, se posiciona contra o aborto, se opõe ao fato de que as mudanças climáticas são causadas pelas ações humanas, questiona a educação sexual nas escolas e se identifica com Jair Bolsonaro e Donald Trump.

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