Ataque de grupo paramilitar deixa mais de 120 mortos no Sudão

O exército do país e as Forças de Apoio Rápido entraram em uma guerra, que matou centenas de pessoas e deslocou milhares de famílias

Escrito por Redação ,
Parte do país sofre com a fome extrema, enquanto potências estrangeiras dão apoio aos dois lados do conflito armado
Legenda: Parte do país sofre com a fome extrema, enquanto potências estrangeiras dão apoio aos dois lados do conflito armado
Foto: AFP

A crise humanitária no Sudão teve mais um episódio violento na última sexta-feira (25). Um ataque do grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF) deixou mais de 120 mortos em uma aldeia, no estado de El Gezira. As informações são do portal G1, em parceria com a agência Reuters.

Segundo a publicação, ativistas pró-democracia informaram que as Forças de Apoio Rápido mataram pelo menos 124 pessoas, em um ataque motivado por vingança, após a rendição do oficial de alta patente da RSF, Abuagla Keikal, ao exército no último domingo.

O grupo paramilitar acusa o exército do Sudão de armar civis em Gezira e de usar forças que estavam sob o comando de Keikal. Moradores disseram à Reuters que a RSF saqueou casas, matou dezenas de civis e deslocou milhares de famílias.

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Guerra no Sudão

Conforme as Nações Unidas, o conflito entre as Forças de Apoio Rápido - que assumiram o controle de grandes territórios no Sudão - e o exército do país causou uma das piores crises humanitárias do mundo. Gezira é um dos estados que mais sofre com a guerra.

11 milhões
de pessoas teriam sido deslocadas de suas moradias, em razão da guerra no Sudão. Parte do país sofre com a fome extrema, enquanto potências estrangeiras dão apoio aos dois lados do conflito armado.

A RSF e o exército compartilhavam o poder do país até abril de 2023, quando explodiu um confronto aberto, em um momento em que o Sudão deveria estar em transição para um governo civil, após um golpe ocorrido em 2021.