Um dos suspeitos de ser mandante da Chacina da Sapiranga é preso enquanto tentava fugir
João Ricardo Sousa da Silva foi preso nessa segunda-feira (27), pela Polícia Civil. A SSPDS informou nesta terça-feira (28) que cinco mortes são confirmadas até o momento e não seis como a Pasta havia divulgado anteriormente
Subiu para 12 o número de detidos sob suspeita de envolvimento na Chacina da Sapiranga. Foi preso nessa segunda-feira (27) João Ricardo Sousa da Silva, apontado pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), como um dos mandantes da matança. João é conhecido como 'Das Facas' ou 'RJ' e já respondia pelo crime de homicídio.
O suspeito foi capturado por policiais civis, quando fugia em um veículo HB20 pela rodovia CE 040. "No veículo em que o homem trafegava, a PC-CE encontrou uma mochila com roupas dele, o que fortaleceu a suspeita de que ele pretendia fugir", divulgou a Pasta.
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João Ricardo teve a prisão em flagrante convertida em preventiva após passar por audiência de custódia na tarde dessa terça-feira (28). Um adolescente também foi capturado.
O jovem de 17 anos foi detido nesta terça-feira, em Maranguape e conduzido para a sede da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), onde foi registrado o procedimento pelas mortes.
A reportagem apurou que ainda nesta terça-feira (28), a Justiça autorizou acesso aos celulares apreendidos com os suspeitos
Em depoimento prestado na delegacia, João Ricardo negou ter participado da chacina. Segundo o suspeito, ele tem conhecimento da existência da influência de facções criminosas na região da Sapiranga, mas não pertence a nenhuma organização.
Conforme revelado em primeira mão pelo Diário do Nordeste, os outros presos por envolvimento na matança são:
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Alessandro Vieira da Silva
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Antônio Gabriel Sousa da Silva
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Charles Dantas Oliveira
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Gabriel Sousa Freitas
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Mateus Acelino da Silva
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Mateus Aguiar de Sousa
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Thiago Farias de Lima
A chacina foi motivada por disputa de território para tráfico de drogas. Um homem conhecido como 'Etim' membro de uma facção de origem carioca teria "rasgado a camisa", como os faccionados chamam o ato de traição ao grupo, e decidido tomar o território do Campo do Alecrim.
CINCO MORTOS
A SSPDS divulgou em nota que: "diferente do que foi veiculado antes, foram registradas cinco mortes. As seis vítimas socorridas com vida permanecem internadas". No sábado (25), familiares de uma mulher baleada na cabeça chegaram a dizer que a vítima morreu, "porém ao realizar uma nova checagem na situação das vítimas, foi verificado que a mulher permanecia viva".
Ainda segundo a Pasta, dos cinco mortos, quatro tinham antecedentes pelos crimes de integrar organização criminosa, associação criminosa, tráfico de drogas, porte e posse ilegal de arma de fogo, roubo, receptação e contravenção penal por perturbação do sossego alheio.