Réu condenado por chacina do Benfica será julgado por outro homicídio cometido no mesmo local

O alvo da ação era o irmão da vítima morta. Douglas Matias da Silva já carrega na ficha uma condenação de 189 anos de prisão

Escrito por Redação , seguranca@svm.com.br
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Legenda: Douglas morava há anos no Benfica e resolvia ali, com a maior violência possível, os problemas contra seus desafetos.
Foto: Kleber A. Gonçalves

Um dos condenados pela chacina do Benfica irá sentar novamente no banco dos réus. Douglas Matias da Silva vai a júri no próximo mês de novembro, pela morte de um jovem. O assassinato de Guilherme Renan Alves Figueiredo também aconteceu no bairro Benfica.

O julgamento está programado para acontecer no dia 24 de novembro, a partir das 9h, em Fortaleza. De acordo com a acusação do Ministério Público do Ceará (MPCE), Douglas foi até a Praça da Gentilândia, com a intenção de matar o irmão de Guilherme Renan. 

O crime aconteceu em agosto de 2017. Chegando ao local, a arma do acusado falhou. Foi quando o alvo do crime conseguiu correr, enquanto Renan ficou paralisado ao se perceber naquela situação. O réu conseguiu efetuar os disparos e atingir um dos jovens.

A Justiça considerou que o homicídio teve motivo torpe.

FICHA CRIMINAL

Douglas morava há anos no Benfica e resolvia ali, com a maior violência possível, os problemas contra seus desafetos, de acordo com o Ministério Público. Consta na ficha dele quatro passagens por roubos e uma por associação criminosa.

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Só foi preso quando participou de um massacre. Sete pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas na 'Chacina do Benfica', em março de 2018. 

Na época, as autoridades chegaram a cogitar que o crime aconteceu por rivalidade entre torcidas uniformizadas. A ideia não demorou até ser descartada. Este foi mais um dos episódios violentos no Ceará, motivado pela disputa entre facções criminosas.

Douglas foi condenado pela chacina, em novembro de 2019. A pena chegou a 189 anos, quatro meses e 12 dias, além de multa a ser calculada no mínimo legal, pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, com meios cruéis e sem possibilidade de defesa).

O nome de Douglas está incluso no Movimento de Apoio ao Sistema Prisional (Masp), devido a ele ser um réu multidenunciado, com pelo menos cinco ações penais em tramitação na Justiça estadual.

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