Suspeito de matar eleitor do Lula no Ceará passa por audiência de custódia e segue preso

Conforme testemunhas, Antônio se apresentou como eleitor do ex-presidente Lula, e se iniciou uma discussão entre vítima e agressor.

Escrito por Redação , seguranca@svm.com.br
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Legenda: O suspeito se apresentou na delegacia e foi detido por força de mandado de prisão
Foto: Thiago Gadelha

O suspeito de matar a facadas um eleitor do candidato à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva, em um bar em Cascavel, passou por audiência de custódia nessa terça-feira (27). Edmílson Freire da Silva foi submetido ao trâmite processual e permanece preso.

Edmílson foi detido nessa segunda-feira (27), ao se apresentar na Delegacia Municipal de Cascavel. Menos de 24 horas após a prisão, foi apresentado sob escolta ao juiz. A reportagem apurou que durante a audiência o suspeito disse que as lesões em seu corpo foram causadas pela vítima.

A vítima Antônio Carlos Silva de Lima, de 39 anos, morreu em um crime com motivação política. Conforme testemunhas, Antônio se apresentou como eleitor do ex-presidente Lula, e se iniciou uma discussão entre vítima e agressor.

Os nomes dos candidatos Bolsonaro e Lula foram ouvidos por testemunhas durante a briga. O suspeito teria, então, desferido várias facadas contra o eleitor de Lula.

O Ministério Público e a defesa de Edmílson foram ouvidos na audiência. Devido ao trâmite ser decorrente de um mandado de prisão, o juiz observou apenas os aspectos formais da prisão e determinou que os investigadores juntem o laudo do corpo de delito do suspeito.

"QUEM É LULA AQUI?"

A reportagem apurou, com fontes ligadas à investigação, que o suspeito - que já tinha passagem pela Polícia por lesão corporal dolosa - chegou a um estabelecimento comercial acompanhado de uma mulher e perguntou "Quem é Lula aqui?". 

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A vítima gritava, pedindo para não morrer, enquanto era atacada. Antônio Carlos não tinha antecedentes criminais e chegou a ser socorrido por populares, mas morreu durante atendimento médico, segundo a Polícia Civil do Ceará (PC-CE).

"Testemunhas, que são a principal fonte de provas, de indício de autoria do crime, informam que por conta de uma discussão fútil por conta de divergências políticas, o infrator teria esfaqueado a vítima. Na verdade, a vítima era conhecida na região por defender um lado político, uma opinião política, e o infrator chegou para realizar o consumo de bebidas alcoólicas no local. Ao chegar vendo aquela pessoa expressando aquela opinião política, em menos de cinco minutos, houve as agressões e a morte. Ele portava uma faca e com essa faca ele esfaqueou a vítima".
JOSAFA ARAÚJO CARNEIRO FILHO
Delegado de Polícia Civil do Ceará

OUTRA VERSÃO

A reportagem apurou que o suspeito do crime deu uma versão diferente do fato na Delegacia. Ele teria dito que que chegou no bar e Antônio Carlos perguntou em quem ele votava. Os dois começaram a discutir e ele disse que a vítima tentou estrangulá-lo. Ele afirmou que reagiu e esfaqueou Antônio Carlos. Conforme uma fonte da Polícia Civil, a versão do suspeito é totalmente contrária à das testemunhas do caso.  

O titular da Delegacia de Cascavel afirma que o suspeito nega ter agido por questões políticas e disse que não tem lado e nem opinião política: "ele traz uma versão fantasiosa diante do que já coletamos", pondera o delegado.

"Ele representa um perigo real, principalmente nas eleições, uma vez que é intolerante à opinião política alheia e poderia cometer crimes semelhantes a esse. Diante da gravidade do crime representamos de imediato (pela prisão) e o pedido foi aceito pelo Poder Judiciário", acrescentou o delegado.

 

 

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