Diretor de hospital penitenciário é afastado do cargo após matéria sobre supostas faltas ao trabalho

A CGD instaurou procedimento disciplinar para apurar o caso

Escrito por Redação , seguranca@svm.com.br
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Legenda: O servidor, de nome preservado, foi retirado do cargo de gestão, até que as investigações sejam concluídas.
Foto: Nah Jereissati

O diretor da unidade prisional Hospital e Sanatório Penal Professor Otávio Lobo, investigado por faltar ao serviço e supostamente fraudar o ponto biométrico, foi afastado do cargo. O afastamento veio após publicação de reportagem do Diário do Nordeste, denunciando o caso.

O servidor, de nome preservado, saiu do cargo de gestão, até que as investigações sejam concluídas. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) confirmou o afastamento. 

De acordo com a SAP, o policial penal quem pediu o afastamento "em razão das denúncias veiculadas, exoneração do cargo de direção da Unidade Prisional até que se concluam as apurações concernentes. De pronto, sua solicitação foi atendida".

 

O policial penal estaria faltando ao serviço para cursar Medicina no estado da Paraíba. As faltas já estariam se repetindo há pelo menos um ano, enquanto o suspeito segue em um cargo de gestão e recebendo os vencimentos, sem descontos.

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O caso chegou ao conhecimento da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD). Por nota, a CGD afirmou que determinou instauração de procedimento disciplinar para a devida apuração na seara administrativa.

De acordo com a CGD, o procedimento está em trâmite. O servidor foi procurado pela reportagem, mas não quis se pronunciar.

BURLANDO O SISTEMA?

O diretor da unidade prisional estaria se valendo de um ponto eletrônico por meio do próprio para, mesmo estando na Paraíba, 'bater o ponto'. Há ainda suspeita que o diretor venha fraudando o ponto eletrônico para outros policiais penais, que se matricularam na mesma universidade.

Ele ainda teria quase 85 horas extras, mesmo com as faltas

Para ir até a Paraíba, ele ainda estaria usando o carro e o combustível da Pasta, conforme outros policiais penais que denunciaram o caso. Uma das ocasiões em que teria agido desta forma foi no último dia 20 deste mês, quando supostamente participou presencialmente, na Paraíba, da 'Cerimônia do Jaleco' na faculdade.

A reportagem chegou a entrar em contato com a faculdade onde o policial penal está matriculado. Mas, a instituição de ensino informou que não iria se manifestar.

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