Polícia Federal faz operação no Ceará contra suspeito de ter vazado prova do Enem
Dois mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na Operação Limite Virtual
Um suspeito de ter divulgado de forma ilícita conteúdo da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 foi alvo de operação "Limite Virtual" da Polícia Federal, em Sobral, na Região Norte do Ceará, na manhã desta quarta-feira (24). Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão deferidos pela Justiça Federal.
Conforme a PF, há indícios de divulgação ilícita do tema da Redação referente ao caderno rosa no exame em 2023, ainda durante a realização da prova.
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Ao todo, 15 policiais federais atuaram na operação. Foram apurados indícios de crimes de divulgação ilícita do conteúdo de prova do Enem em redes sociais.
Penalidade por crimes
A operação foi iniciada após comunicação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pelo Enem.
Segundo a PF, as condutas do investigado podem indicar o cometimento do crime de fraude em certame de interesse público, com penas que podem chegar a 8 anos de prisão. O nome do suspeito não foi divulgado.
A PF também deve representar para desclassificar o candidato da prova que tenha sido beneficiado com o vazamento. As investigações seguem em andamento por agentes da Delegacia da PF em Juazeiro do Norte.
Investigação começou no Paraná
Em entrevista à TV Verdes Mares, o delegado da Polícia Federal Daniel Ramos explicou que a investigação começou a partir do mês da execução da prova, em novembro do ano passado. Inicialmente, o alvo começou a ser investigado no Paraná.
Assim que houve esse suposto vazamento da prova, o Inep comunicou à PF. A princípio, o suspeito que havia publicado nas redes sociais seria do estado do Paraná. Por diligências iniciais, se verificou que a origem da foto publicada por ele seria da Região do Cariri, por isso foi declinado atribuição para delegacia de Juazeiro Norte, que continuou as investigações
Conforme Daniel Ramos, o suspeito transitava por dois endereços: o primeiro, de um relacionamento, e o segundo de familiares.