PM acusado de matar pai e filho no Eusébio é investigado também pelo assassinato de empresário

CGD abriu investigações contra o soldado e mais cinco PMs, além de uma policial civil, por crimes como homicídios, violência contra a mulher e furto

Escrito por Redação ,
O soldado Paulo Roberto Rodrigues de Mendonça foi preso em flagrante em agosto do ano passado, por suspeita de matar pai e filho no Eusébio
Legenda: O soldado Paulo Roberto Rodrigues de Mendonça foi preso em flagrante em agosto do ano passado, por suspeita de matar pai e filho no Eusébio
Foto: Reprodução

O soldado da Polícia Militar do Ceará (PMCE) Paulo Roberto Rodrigues de Mendonça, preso sob acusação de matar pai e filho no Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), em agosto do ano passado, também é investigado pelo assassinato de um empresário, em Fortaleza, ocorrido quatro meses antes.

A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) publicou uma portaria, no Diário Oficial do Estado (DOE) da última sexta-feira (26), com a abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o policial militar.

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Segundo o documento, Paulo Roberto já foi indiciado pela Delegacia de Assuntos Internos (DAI) por homicídio qualificado (por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima) contra Carlos Cézar Rabelo de Oliveira, no bairro Demócrito Rocha, em Fortaleza, no dia 17 de abril de 2023. A reportagem apurou que a vítima era empresário do ramo de refrigeração automotiva.

O PM foi preso em flagrante no dia 18 de agosto do ano passado, por suspeita de executar a tiros Francisco Adriano da Silva, de 42 anos, e o seu filho, de 13 anos, em um carro, no Eusébio. O militar foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) por duplo homicídio qualificado (com as qualificadoras de crueldade, impossibilidade de defesa das vítimas, emprego de arma de fogo de uso restrito e contra menor de 14 anos).

A defesa de Paulo Roberto Rodrigues de Mendonça, representada pelo advogado Kaio Castro, afirmou que "o policial militar não foi sequer denunciado (no caso do empresário morto) no procedimento judicial, bem como não foi citado no procedimento administrativo, não tendo a defesa acesso à íntegra do procedimento. Aguardamos que o Ministério Público avalie se há indícios suficientes para a denúncia, pois a arma apreendida em outro processo, isoladamente, não forma justa causa mínima para instauração de procedimento".

Outro PM suspeito de homicídio

No mesmo Diário Oficial do Estado, a Controladoria Geral de Disciplina abriu investigações administrativas contra outros cinco PMs e uma policial civil. Entre eles, está um policial militar que também é investigado por homicídio.

O soldado Willamy Félix Amaral foi indiciado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil do Ceará (PC-CE), pelo assassinato de Cristiano Alves Teixeira, no bairro Bom Sucesso, em Fortaleza, no dia 27 de junho de 2019, conforme o DOE. A defesa de Willamy não quis se manifestar.

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Para abrir um Conselho de Disciplina contra o soldado, a CGD considerou que "em tese, o policial militar retromencionado seria um dos três homens armados que na ocasião chegaram em um veículo Hilux, de cor prata, no local, procurando pelo proprietário da sucata, alegando que um veículo Vectra, de cor prata, teria sido subtraído por ele, e na chegada da vítima, a abordaram, atingindo-a com dois disparos de arma de fogo, vindo a óbito conforme o relatório final do citado inquérito".

Willamy Félix também é acusado de participar de um duplo homicídio, no bairro Mondubim, em Fortaleza, em janeiro de 2020. Outro PM também foi acusado e virou réu pelo crime.

As outras investigações abertas pela CGD foram contra um tenente PM, suspeito de agredir a companheira e desrespeitar um militar superior que atendeu a ocorrência; um subtenente PM, que foi flagrada na posse de uma arma de fogo, alcoolizado; um sargento PM, que foi flagrado no quartel na posse de uma motocicleta com placas adulteradas; um soldado PM, suspeito de furto de um veículo; e uma inspetora da Polícia Civil, que teria entrado em uma luta corporal contra outra mulher e efetuado um tiro, que não atingiu ninguém, em um restaurante.

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