Venda de terra gera polêmica na Praia do Preá
Escrito por
Redação
,
Está criada uma questão polêmica na comunidade da praia do Preá, Município de Cruz, com a venda de 353 hectares de terras pertencentes à Diocese de Sobral para o empresário Manoel Haroldo Brandão. A área compreende praticamente todo o povoado, o que está causando revolta entre os moradores que se sentem prejudicados. Para tratar da problemática foi realizada reunião no último dia 11, estando presentes todas as partes envolvidas: o bispo Dom Aldo di Cillo, acompanhado do ecônomo Valmir Andrade; diretor do IDACE, Ricardo Durval Eduardo; o prefeito Manoel Nelson da Silveira; o advogado João Olivar, que representou o empresário Manoel Haroldo; e uma grande representação dos moradores.
No final, depois de muitas discussões, ficou acertado um novo encontro, em data ainda não definida, desta vez com o IDACE e um comitê da comunidade para rediscutir todo o processo. Um ponto que ficou resolvido foi a doação de 147 hectares com a entrega de títulos de propriedade para 468 famílias.
“Não temos intenção de acumular terras. A Igreja está ao lado do povo. Fizemos esta venda para regularizar a situação da comunidade de Préa. Não queremos que o Préa se transforme numa grande favela, local de prostiturismo, antro de prostituição, boca de fumo”. Esta foi uma das colocações do bispo Dom Aldo di Cillo Pagotto, enfatizando que a Diocese vendeu as terras, mas constando em escritura pública que o comprador tem conhecimento de que a área tem diversas casas de alvenaria com terrenos cercados, imóveis que serão doados para os moradores.
O ecônomo Valmir Andrade disse, por sua vez, que as terras são da Diocese, de fato e de direito, adquiridas por meios de doação e compras feitas pelo antigo vigário monsenhor Sabino Feijão e que foram vendidas por R$ 210 mil. O comprador é o empresário Manoel Haroldo Feijão, cunhado do prefeito Manoel Nelson da Silveira. Estas explicações foram colocadas durante a reunião de quinta-feira no grupo escolar da comunidade, em resposta aos questionamentos dos moradores.
Antônio Alício das Chagas, 72 anos, morador do Preá desde 1940, disse que “as terras da Diocese têm uma área de 42 braças por uma légua de fundo, o restante da terra é do domínio da União´. José Carlos de Souza indagou o porquê da Igreja não ter consultado a comunidade antes de proceder a venda, uma vez que os próprios moradores poderiam adquirir as terras. José Ivan Félix defendeu a posse da terra: “nós, moradores do Préa, estamos sendo ameaçados. A terra é nossa. Dói saber agora que tem alguém dizendo que é dono. Que fique do conhecimento do bispo, que o povo está revoltado”.
Luta da comunidade será pela anulação da escritura
A reunião teve momentos tensos. A líder comunitária Rosa Laureano Sampaio defendeu que fosse rasgada a escritura de venda das terras. Edjanir Garcia também fez esta proposta: “gostaria que Dom Aldo abrisse mão da venda; e que o prefeito abrisse mão da compra, para a comunidade fazer o usucapião”. A vereadora Jocilia Dantas chegou a criar atrito verbal com Dom Aldo, dizendo que será desencadeada uma luta pela anulação da escritura “que é imoral”. O ecônomo da Diocese de Sobral, Valmir Andrade, garantiu: “As casas, todas as terras cercadas e cadastradas pelo IDACE serão de vocês”.
O diretor técnico do IDACE, Ricardo Durval Eduardo, disse que foi constatado o registro de 1962 de um corpo de terra que pertence à Igreja e que as questões técnicas foram todas esclarecidas. Reforçou que os lotes residenciais serão titulados, conforme promessa de Dom Aldo. Quem tem posse há mais de um ano vai ter a posse mantida. Foi proposta uma representação da comunidade para uma nova reunião no Preá, faltando definir a data, quando haverá a eleição de um comitê para uma reavaliação de todo o processo de levantamento da área, com a possibilidade de ampliação da área a ser titulada.
No final, depois de muitas discussões, ficou acertado um novo encontro, em data ainda não definida, desta vez com o IDACE e um comitê da comunidade para rediscutir todo o processo. Um ponto que ficou resolvido foi a doação de 147 hectares com a entrega de títulos de propriedade para 468 famílias.
“Não temos intenção de acumular terras. A Igreja está ao lado do povo. Fizemos esta venda para regularizar a situação da comunidade de Préa. Não queremos que o Préa se transforme numa grande favela, local de prostiturismo, antro de prostituição, boca de fumo”. Esta foi uma das colocações do bispo Dom Aldo di Cillo Pagotto, enfatizando que a Diocese vendeu as terras, mas constando em escritura pública que o comprador tem conhecimento de que a área tem diversas casas de alvenaria com terrenos cercados, imóveis que serão doados para os moradores.
O ecônomo Valmir Andrade disse, por sua vez, que as terras são da Diocese, de fato e de direito, adquiridas por meios de doação e compras feitas pelo antigo vigário monsenhor Sabino Feijão e que foram vendidas por R$ 210 mil. O comprador é o empresário Manoel Haroldo Feijão, cunhado do prefeito Manoel Nelson da Silveira. Estas explicações foram colocadas durante a reunião de quinta-feira no grupo escolar da comunidade, em resposta aos questionamentos dos moradores.
Antônio Alício das Chagas, 72 anos, morador do Preá desde 1940, disse que “as terras da Diocese têm uma área de 42 braças por uma légua de fundo, o restante da terra é do domínio da União´. José Carlos de Souza indagou o porquê da Igreja não ter consultado a comunidade antes de proceder a venda, uma vez que os próprios moradores poderiam adquirir as terras. José Ivan Félix defendeu a posse da terra: “nós, moradores do Préa, estamos sendo ameaçados. A terra é nossa. Dói saber agora que tem alguém dizendo que é dono. Que fique do conhecimento do bispo, que o povo está revoltado”.
Luta da comunidade será pela anulação da escritura
A reunião teve momentos tensos. A líder comunitária Rosa Laureano Sampaio defendeu que fosse rasgada a escritura de venda das terras. Edjanir Garcia também fez esta proposta: “gostaria que Dom Aldo abrisse mão da venda; e que o prefeito abrisse mão da compra, para a comunidade fazer o usucapião”. A vereadora Jocilia Dantas chegou a criar atrito verbal com Dom Aldo, dizendo que será desencadeada uma luta pela anulação da escritura “que é imoral”. O ecônomo da Diocese de Sobral, Valmir Andrade, garantiu: “As casas, todas as terras cercadas e cadastradas pelo IDACE serão de vocês”.
O diretor técnico do IDACE, Ricardo Durval Eduardo, disse que foi constatado o registro de 1962 de um corpo de terra que pertence à Igreja e que as questões técnicas foram todas esclarecidas. Reforçou que os lotes residenciais serão titulados, conforme promessa de Dom Aldo. Quem tem posse há mais de um ano vai ter a posse mantida. Foi proposta uma representação da comunidade para uma nova reunião no Preá, faltando definir a data, quando haverá a eleição de um comitê para uma reavaliação de todo o processo de levantamento da área, com a possibilidade de ampliação da área a ser titulada.