Tecnologia agiliza visitas do agente de saúde
Escrito por
Redação
producaodiario@svm.com.br
O uso de computadores de mão facilita a coleta e envio de informações para o Ministério da Saúde
Tauá. O Programa Agente Comunitário de Saúde, neste município, localizado na região dos Inhamuns, vivencia uma experiência inovadora, no Brasil, na coleta e armazenamento de dados básicos de saúde das famílias visitadas pelos agentes comunitários de saúde. A informática está substituindo as tradicionais fichas de papel utilizadas no Sistema de Informações de Atenção Básica (Siab).
Em setembro do ano passado, foi implantado o projeto pioneiro Agente Comunitário de Saúde Digital. Os 107 agentes comunitários que trabalham no município receberam computadores de mão, tipo Palm Top, para o cadastro das famílias e armazenamento dos dados da atenção básica, que incluem informações sobre diabetes, hipertensão, gestantes, vacinação e peso das crianças.
Teleconferência
“A experiência vem dando certo e em breve será mostrada por meio de teleconferência para todo o Brasil”, comemora o secretário de Saúde, Moacir Soares. “Como todo projeto novo, necessita ajustes, mas creio que esse é um caminho sem volta”.
Além das mochilas, balança e outros equipamentos, os agentes de saúde passaram a conduzir os computadores de mão. É uma novidade que, para alguns, despertou curiosidade, desejo de aprendizagem mas, para outros, medo e resistência. “Esse é um comportamento natural”, observa Soares. “Com o passar do tempo, esses obstáculos serão superados”.
Antes de receber os computadores de mão, os agentes comunitários de saúde passaram por um treinamento. A Secretaria de Saúde ofertou cursos básicos de informática e específicos sobre o programa de armazenamento de dados e do uso do Palm Top.
Ministério
O objetivo do programa é facilitar a coleta de dados do Siab e o envio dessas informações diretamente para o Ministério da Saúde. “No sistema tradicional de fichas, que são preenchidas pelos agentes comunitários de saúde e depois digitadas na secretaria de Saúde, leva-se, em média, seis dias”, observa Soares. “No modelo informatizado, são necessárias somente algumas horas”. Além disso, os agentes ficam com os dados das famílias no próprio equipamento. Antes não havia o retorno de informação.
A agente comunitária de Saúde, Ana Cássia Ferreira Firmo, disse que recebeu o Palm Top, com surpresa, mas sem dificuldades. “Já conhecia um pouco de informática”, contou. “Quem não tem experiência com computador é que acha mais difícil”. Entretanto, ela alega que a transferência dos dados para o computador leva tempo, quando comparada ao modelo tradicional de fichas, feitas na hora — a transferência é feita em casa.
Evolução
Solange Lima e Silva, há 7 anos no trabalho de agente de saúde, aprovou a idéia de implantação do Palm Top. “Temos que acompanhar a evolução”, disse. “Hoje o computador está presente em nossa vida”. Ela observou que as colegas da zona rural apresentam maior dificuldade com o uso do equipamento. “A maioria não tinha usado um computador”. Quando há dificuldades, é comum o auxílio de um colega.
No mês de fevereiro, houve uma avaliação do projeto que está em curso. Os pesquisadores, Maria Augusta Rocha Bezerra, Moacir de Sousa Soares, Márcio Anderson Paresque e Antônia Tayana da Franca Xavier, realizaram um estudo de campo e elaboraram uma avaliação sobre o Programa Agente Comunitário de Saúde Digital, com o tema “A informatização do processo de trabalho do Agente Comunitário de Saúde -A experiência de Tauá”.
A conclusão da pesquisa demonstra que apesar das dificuldades relatadas por alguns agentes, o Palm Top é visto como um aliado para organizar os dados coletados, mas é necessária uma maior preparação dos profissionais em face da “tímida familiaridade com a informática”.
A utilização das novas tecnologias da informação é uma tendência crescente em todo o mundo. Torna-se eficiente quando acompanhada, também, por programas de capacitação junto ao público alvo a ser beneficiado com os respectivos equipamentos.
HONÓTIO BARBOSA
Repórter
Mais informações:
Secretaria de Saúde de Tauá
Av. Odilon Aguiar, 77, Centro
88 - 3437.4340
Tauá. O Programa Agente Comunitário de Saúde, neste município, localizado na região dos Inhamuns, vivencia uma experiência inovadora, no Brasil, na coleta e armazenamento de dados básicos de saúde das famílias visitadas pelos agentes comunitários de saúde. A informática está substituindo as tradicionais fichas de papel utilizadas no Sistema de Informações de Atenção Básica (Siab).
Em setembro do ano passado, foi implantado o projeto pioneiro Agente Comunitário de Saúde Digital. Os 107 agentes comunitários que trabalham no município receberam computadores de mão, tipo Palm Top, para o cadastro das famílias e armazenamento dos dados da atenção básica, que incluem informações sobre diabetes, hipertensão, gestantes, vacinação e peso das crianças.
Teleconferência
“A experiência vem dando certo e em breve será mostrada por meio de teleconferência para todo o Brasil”, comemora o secretário de Saúde, Moacir Soares. “Como todo projeto novo, necessita ajustes, mas creio que esse é um caminho sem volta”.
Além das mochilas, balança e outros equipamentos, os agentes de saúde passaram a conduzir os computadores de mão. É uma novidade que, para alguns, despertou curiosidade, desejo de aprendizagem mas, para outros, medo e resistência. “Esse é um comportamento natural”, observa Soares. “Com o passar do tempo, esses obstáculos serão superados”.
Antes de receber os computadores de mão, os agentes comunitários de saúde passaram por um treinamento. A Secretaria de Saúde ofertou cursos básicos de informática e específicos sobre o programa de armazenamento de dados e do uso do Palm Top.
Ministério
O objetivo do programa é facilitar a coleta de dados do Siab e o envio dessas informações diretamente para o Ministério da Saúde. “No sistema tradicional de fichas, que são preenchidas pelos agentes comunitários de saúde e depois digitadas na secretaria de Saúde, leva-se, em média, seis dias”, observa Soares. “No modelo informatizado, são necessárias somente algumas horas”. Além disso, os agentes ficam com os dados das famílias no próprio equipamento. Antes não havia o retorno de informação.
A agente comunitária de Saúde, Ana Cássia Ferreira Firmo, disse que recebeu o Palm Top, com surpresa, mas sem dificuldades. “Já conhecia um pouco de informática”, contou. “Quem não tem experiência com computador é que acha mais difícil”. Entretanto, ela alega que a transferência dos dados para o computador leva tempo, quando comparada ao modelo tradicional de fichas, feitas na hora — a transferência é feita em casa.
Evolução
Solange Lima e Silva, há 7 anos no trabalho de agente de saúde, aprovou a idéia de implantação do Palm Top. “Temos que acompanhar a evolução”, disse. “Hoje o computador está presente em nossa vida”. Ela observou que as colegas da zona rural apresentam maior dificuldade com o uso do equipamento. “A maioria não tinha usado um computador”. Quando há dificuldades, é comum o auxílio de um colega.
No mês de fevereiro, houve uma avaliação do projeto que está em curso. Os pesquisadores, Maria Augusta Rocha Bezerra, Moacir de Sousa Soares, Márcio Anderson Paresque e Antônia Tayana da Franca Xavier, realizaram um estudo de campo e elaboraram uma avaliação sobre o Programa Agente Comunitário de Saúde Digital, com o tema “A informatização do processo de trabalho do Agente Comunitário de Saúde -A experiência de Tauá”.
A conclusão da pesquisa demonstra que apesar das dificuldades relatadas por alguns agentes, o Palm Top é visto como um aliado para organizar os dados coletados, mas é necessária uma maior preparação dos profissionais em face da “tímida familiaridade com a informática”.
A utilização das novas tecnologias da informação é uma tendência crescente em todo o mundo. Torna-se eficiente quando acompanhada, também, por programas de capacitação junto ao público alvo a ser beneficiado com os respectivos equipamentos.
HONÓTIO BARBOSA
Repórter
Mais informações:
Secretaria de Saúde de Tauá
Av. Odilon Aguiar, 77, Centro
88 - 3437.4340