Nutrição de cabritos
Escrito por
Redação
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"Crio cabritos separados das mães logo após o nascimento. O leite de vaca substitui o da cabra? Ele possui os mesmos nutrientes do leite de cabra?", quer saber o pecuarista José Aurir de Almeida, da Fazenda Eulália, Município de Quixadá.
Separar os cabritos das mães logo após o nascimento é um manejo muito utilizado em criações de cabras leiteiras, visto que o leite é o principal produto a ser comercializado. A separação logo após o nascimento, em que a cria mama somente o colostro (primeira secreção da glândula mamária), evita o estresse, tanto para a mãe quanto para a cria, que ocorre quando de uma separação tardia aos 45,90 ou 120 dias de vida do cabrito. O leite materno pode ser substituído por de outra espécie. Contudo, a ingestão do colostro é imprescindível e pode ser administrado tanto naturalmente como artificialmente. No segundo caso se faz principalmente quando, no rebanho, têm cabras contaminadas pelo vírus da Artrite Encefalite Caprina, transmitida principalmente pelo colostro. O colostro possui anticorpos que defendem o cabrito de doenças nos primeiros dias de vida, uma vez que, no caso dos ruminantes (ovino, caprino e bovino), não ocorre uma passagem desses anticorpos pela placenta durante o período da gestação. O colostro de vaca ou de ovelha pode substituir o de cabra, contudo a eficiência é menor, pois as defesas (anticorpos) não são específicas, isto é, os mesmos da própria espécie. Denominamos isto de "imunidade passiva pelo colostro". A substituição do leite materno pode ser feita por um sucedâneo comercial ou por outro leite. O mais utilizado é o leite de vaca. Apesar da diferença de composição, se adequa bem aos cabritos. Possui os mesmos nutrientes do leite de cabra, mas em quantidades diferentes. Em função disto, a substituição não deve ser brusca. Deve ser gradativa, substituir proporções crescentes de um leite ao outro. Assim, evita-se que o cabrito apresente distúrbios digestivos (cólicas) e diarreias. Vale o seguinte esquema de substituição: 25% do leite de vaca e 75% do de cabra nos três primeiros dias. Em seguida, 50% do leite de vaca e 50% do de cabra por mais três dias. Depois 75% do leite de vaca e 25% do de cabra por mais três dias. Depois, fazer a substituição total.
AIRTON ALENCAR DE ARAÚJO*
Professor da disciplina de caprino-ovinocultura - FAVET/UECE
Separar os cabritos das mães logo após o nascimento é um manejo muito utilizado em criações de cabras leiteiras, visto que o leite é o principal produto a ser comercializado. A separação logo após o nascimento, em que a cria mama somente o colostro (primeira secreção da glândula mamária), evita o estresse, tanto para a mãe quanto para a cria, que ocorre quando de uma separação tardia aos 45,90 ou 120 dias de vida do cabrito. O leite materno pode ser substituído por de outra espécie. Contudo, a ingestão do colostro é imprescindível e pode ser administrado tanto naturalmente como artificialmente. No segundo caso se faz principalmente quando, no rebanho, têm cabras contaminadas pelo vírus da Artrite Encefalite Caprina, transmitida principalmente pelo colostro. O colostro possui anticorpos que defendem o cabrito de doenças nos primeiros dias de vida, uma vez que, no caso dos ruminantes (ovino, caprino e bovino), não ocorre uma passagem desses anticorpos pela placenta durante o período da gestação. O colostro de vaca ou de ovelha pode substituir o de cabra, contudo a eficiência é menor, pois as defesas (anticorpos) não são específicas, isto é, os mesmos da própria espécie. Denominamos isto de "imunidade passiva pelo colostro". A substituição do leite materno pode ser feita por um sucedâneo comercial ou por outro leite. O mais utilizado é o leite de vaca. Apesar da diferença de composição, se adequa bem aos cabritos. Possui os mesmos nutrientes do leite de cabra, mas em quantidades diferentes. Em função disto, a substituição não deve ser brusca. Deve ser gradativa, substituir proporções crescentes de um leite ao outro. Assim, evita-se que o cabrito apresente distúrbios digestivos (cólicas) e diarreias. Vale o seguinte esquema de substituição: 25% do leite de vaca e 75% do de cabra nos três primeiros dias. Em seguida, 50% do leite de vaca e 50% do de cabra por mais três dias. Depois 75% do leite de vaca e 25% do de cabra por mais três dias. Depois, fazer a substituição total.
AIRTON ALENCAR DE ARAÚJO*
Professor da disciplina de caprino-ovinocultura - FAVET/UECE