Novo redemoinho de poeira é registrado por agricultor em Icó; veja vídeo

Caso aconteceu na última sexta-feira (8) em uma fazenda do município, durando cerca de dois minutos. Funceme explica ser comum o fenômeno

Escrito por Diego Barbosa , diego.barbosa@svm.com.br
Legenda: Segundo agricultor, outros três redemoinhos de poeira apareceram no território nos últimos 20 dias, todos de grande escala
Foto: Arquivo pessoal

Foi durante um serviço no roçado, por volta das 14h30 da última sexta-feira (8), que o agricultor Rony César Bezerra de Figueiredo, 55, avistou um redemoinho de poeira se formando. O fenômeno aconteceu na propriedade particular do cearense – localizada no município de Icó, região Centro-Sul do Estado.

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Segundo Rony, o redemoinho durou cerca de dois minutos. "Achei curioso porque, normalmente, o redemoinho vem andando. E esse fez isso, mas depois chegou num local e ficou lá parado", detalha.

Residindo há um ano e meio na localidade, o agricultor situa que esta não foi a primeira vez da ocorrência. Em 20 dias, outros três redemoinhos de poeira apareceram no território, todos de grande escala. No ano passado, contudo, ele não presenciou nenhum. 

"Acontece sempre à tarde e nunca sei o motivo". O desconhecimento faz com que o cearense fique na expectativa de quando o próximo virá e com qual magnitude. "É uma coisa que a gente fica pensando: 'E os outros que virão? Será que vem maior? Como será?'".

Motivos para a ocorrência

O inusitado fato também tem sido registrado em outros locais do Ceará. Na última quinta-feira (7), o representante comercial Edrei Samuel gravou imagens de um redemoinho se formando em uma zona terrosa à beira da estrada, no município do Crato.

De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o novo redemoinho de poeira visualizado em Icó é diferente daquele registrado na região do Cariri. Contudo, as características da ocorrência são as mesmas.

Também conhecidos como dust devil, os redemoinhos de poeira costumam ser breves. Eles se formam quando o ar quente, bem localizado, sobe de forma rápida na atmosfera. Nesse processo, ganham rotação e absorvem, pela diminuição da pressão no interior, o que está ao redor – principalmente a poeira próxima da base dele. 

Essa poeira sugada é, então, levantada em rotação, acompanhando o fenômeno e tornando-o visível. A instituição explica ainda que o presente fenômeno não tem relação com a formação das tempestades de poeira registradas em locais como São Paulo nas últimas semanas. As condições são totalmente diferentes.

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