Defesa Civil descarta perigo de rompimento da barragem do açude Pilões, em Santana do Acaraú
Medidas emergenciais já estão sendo tomadas pelos técnicos do Órgão, que garantem não haver motivos para pânico
A Defesa Civil descartou, nesta quinta-feira (4), a possibilidade de rompimento da parede da barragem do açude Pilões, após os primeiros trabalhos de monitoramento das equipes enviadas a Morrinhos, localizado a 40 km de distância de Santana do Acaraú.
Embora os técnicos ainda estejam finalizando o diagnóstico no local, adiantaram a informação garantindo que as medidas emergenciais já estão sendo realizadas.
As ações de monitoramento aconteceram depois de a parede da barragem do açude apresentar problemas por causa da erosão e o sangradouro ter ficado obstruído desde o início da quadra invernosa. O açude está na iminência atingir sua cota máxima.
A parede, que antes tinha 6 metros, tem hoje 2,5 m. Qualquer alteração na barragem pode impactar as famílias de Santana do Acaraú, já que o município está geograficamente abaixo dela.
Ainda assim, a Defesa Civil garante que não há motivos pra pânico."Existe um processo erosivo e como medida emergencial nós temos que abrir a vegetação que obstrui o sangradouro e as pedras que foram deixadas lá. Se houver a necessidade, nós vamos enlarguecê-lo mais 20 a 30 metros, para que a vazão possa passar tranquilamente. Então não há motivo de alarde", explica Wilson Maranhão, técnico da Defesa Civil do Ceará .
O proprietário do açude, que foi construído há 80 anos, já foi acionado e acompanha o diagnóstico que está sendo finalizado pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
A Prefeitura de Santana do Acaraú garante que também está acompanhando o quadro de Pilões. De acordo com o assessor de comunicação do município, Jonathas Vale, "estamos tranquilos, cientes da situação. Não é necessário pânico".
O açude tem capacidade para 1 milhão de metros cúbicos e é abastecido pelo Riacho Saboeiro. Não tem cadastro nem na Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra) e nem na Cogerh.
Em 2013, os trabalhadores rurais de Morrinhos fizeram relatório já mostrando problemas estruturais e sugerindo manutenção. Ainda assim, a barragem nunca passou por reparos.