Aprece deve apresentar demanda de oxigênio às empresas fornecedoras na quarta-feira (10)

O diagnóstico ficou acordado após reunião da Associação com o Ministério Público Estadual (MPCE) e empresas fornecedoras e distribuidoras de oxigênio

Escrito por Redação ,
Oxigênio
Legenda: Até esta segunda-feira (8), 47 municípios já tinha recebido recomendação do MPCE para a adoção de medidas que garantam o abastecimento de oxigênio por no mínimo dez dias nas unidades de saúde
Foto: Shutterstock

A fim de evitar um possível desabastecimento de oxigênio medicinal na rede hospitalar do Interior, os municípios cearenses deverão apresentar às empresas fornecedoras do insumo no Estado, na próxima quarta-feira (10), sua atual demanda pelo gás hospitalar. 

O diagnóstico ficou acordado após reunião do Ministério Público Estadual (MPCE) com a Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece) e empresas fornecedoras e distribuidoras de oxigênio, na tarde desta segunda-feira (8). 

"Temos uma demanda maior nos nossos hospitais, um represamento na rede de transferência, fazendo com que nossos pacientes estejam mais tempo internados. Isso exige maior uso de oxigênio, o que faz com que tenhamos uma demanda maior. Enquanto não conseguirmos regular e fazer com que esses pacientes sejam transferidos, essa demanda vai continuar aumentando", disse o presidente da Aprece e prefeito de Chorozinho, Júnior Castro.

O prefeito garante que todos os municípios continuam sendo abastecidos, mas a preocupação existe diante de ofícios enviados por alguns fornecedores relatando a dificuldade de manutenção dos contratos pela escassez de oxigênio. Com a real situação das cidades, o objetivo é que se chegue a uma solução junto às empresas. 

"Ainda não temos nenhuma falta de oxigênio, mas existe essa preocupação exatamente pelo fato de os fornecedores estarem indo buscar oxigênio em outros estados da federação, correndo risco de problemas nas estradas e de comprometer a chegada desse insumo. Mas com certeza teremos essa solução diante da demanda que os municípios levarão e só assim as empresas terão condição de nos atender", comenta Castro. 

Dentre as possíveis medidas a serem discutidas, segundo destaca o promotor de justiça Enéas Romero, está a conversão de parte da produção atual de oxigênio industrial em oxigênio medicinal. "Os municípios precisam de cálculos mais precisos da estimativa do consumo levando em consideração a curva de crescimento de oxigênio durante a pandemia. É hora de montar uma operação de guerra para que possam dar conta da necessidade da população", comenta.

Recomendação

Até esta segunda, 47 municípios já tinham recebido recomendação do MPCE para a adoção de medidas que garantam o abastecimento de oxigênio por no mínimo dez dias nas unidades de saúde. 

Também devem ser providenciados, conforme a recomendação, todos os demais insumos, inclusive kits de sedação e intubação, e equipamentos necessários para atendimento, internação e assistência à saúde de pacientes com Covid-19. 

As recomendações foram expedidas para os municípios de Ararendá, Banabuiú, Boa Viagem, Camocim, Campos Sales, Caririaçu, Cascavel, Caucaia, Choró, Crato, Croatá, Eusébio, Fortaleza, Frecheirinha, Graça, Granjeiro, Guaraciaba do Norte, Guaramiranga, Ibaretama, Ibicuitinga, Iguatu, Independência, Ipaporanga, Itaitinga, Itapajé, Itapipoca, Itapiúna, Ipueiras, Jardim, Jati, Juazeiro do Norte, Madalena, Maranguape, Mauriti, Orós, Penaforte, Poranga, Porteiras, Quixadá, Quixeramobim, Quiterianópolis, São Benedito, Santana do Acaraú, São Luis do Curu, Sobral, Tamboril e Umirim.

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