Comunidade mantém tradição da farinhada
Escrito por
Redação
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Comunidade de Cachoeira, em Maranguape, promove mais uma edição da farinha neste sábado
Fortaleza. Os antigos costumes do período colonial não estão perdidos. No Interior do Estado, comunidades ainda se reúnem para produzir farinha, beiju e tapioca seguindo a tradição das casas de farinha. No próximo sábado, a partir das 10 horas, na Comunidade de Cachoeira, em Maranguape, moradores se reúnem com um único propósito: manter a tradição da farinhada. Os encontros anuais começaram com a implantação da Agenda 21 no município, em há oito anos, e já consolidou-se como calendário oficial de Cachoeira. O público espera, com bastante ansiedade, pelo dia da farinhada, em que alunos, professores, cavaleiros e amazonas se reúnem para manter as raízes da produção da farinha e seus derivados numa volta ao passado.
De acordo com a organizadora do evento, Graça Timbó, a farinhada serve para destacar as potencialidades e fazer um resgate da cultura “que há muito tempo estava desativada”. No local onde será realizada a farinhada, Graça conta que já existe uma estrutura montada, com a tradicional casa de farinha, capela, casarão e ainda um açude. “Foi tudo construído entre 1840-1860, quando começou o povoamento da região”. Atualmente, o local serve de instalação para o Eco Museu de Maranguape.
“Essa farinhada é desenvolvida com os colonos e os parceiros, que são os fazendeiros vizinhos do Eco Museu”, diz. Além do evento, Graça Timbó diz que outro marco que acontece durante a farinha é a chegada dos cavaleiros e das amazonas que fazem uma cavalgada pela região. “Sempre é motivo de festa. O dia todo acontecem apresentações artísticas, mas sempre é melhor quando a cavalgada chega. Fica mais animado”, esclarece.
Expectativa
Os produtos, beiju e tapioca, chegam a ser comercializados por até R$ 5,00 cada. Para o evento, Graça espera que participem cerca de 400 pessoas, sendo que este número ainda pode aumentar. No dia da farinhada, há também a participação dos alunos, com apresentações culturais. “Se tornou um evento bastante disputado. É uma festa em que a comunidade se integra. Além de vender o beiju, a tapioca e o café, é um dia bastante festivo. Sempre que termina um ano, nós esperamos o ano seguinte e avaliamos o que pode mudar e melhorar”, confirma Graça.
No entanto, mesmo com a preocupação em sempre ter um evento melhor anualmente, ela conta que os preparativos para a farinhada começam no início de cada ano, com a confecção de blusas e divulgação. “É um evento que a gente considera como carro-chefe para o resgate da nossa cultura. Além da farinhada, temos outros eventos, como o Festival do Feijão Verde, que envolve a escola, a comunidade e todos os parceiros”. De acordo com ela, o evento ainda serve de integração e valorização da história, e torna-se mais um fator para a geração de emprego e renda aos produtores rurais.
História
No período colonial, a farinha de mandioca era usada para a alimentação dos escravos, dos criados das fazendas e engenhos, além de servir também como suprimento de viagem para os colonos portugueses.
Na casa de farinha as tarefas são divididas: alguns homens são responsáveis pelo processo de arrancar a mandioca da roça e transportá-la para a casa de farinha. As mulheres e crianças raspam os tubérculos e extraem o amido ou polvilho. O trabalho vai até a noite.
Maurício Vieira
Repórter
Mais informações:
Farinhada da Comunidade de Cachoeira, em Maranguape
14 de março
A partir das 10h
3374.0032 / 8816.4309
Fortaleza. Os antigos costumes do período colonial não estão perdidos. No Interior do Estado, comunidades ainda se reúnem para produzir farinha, beiju e tapioca seguindo a tradição das casas de farinha. No próximo sábado, a partir das 10 horas, na Comunidade de Cachoeira, em Maranguape, moradores se reúnem com um único propósito: manter a tradição da farinhada. Os encontros anuais começaram com a implantação da Agenda 21 no município, em há oito anos, e já consolidou-se como calendário oficial de Cachoeira. O público espera, com bastante ansiedade, pelo dia da farinhada, em que alunos, professores, cavaleiros e amazonas se reúnem para manter as raízes da produção da farinha e seus derivados numa volta ao passado.
De acordo com a organizadora do evento, Graça Timbó, a farinhada serve para destacar as potencialidades e fazer um resgate da cultura “que há muito tempo estava desativada”. No local onde será realizada a farinhada, Graça conta que já existe uma estrutura montada, com a tradicional casa de farinha, capela, casarão e ainda um açude. “Foi tudo construído entre 1840-1860, quando começou o povoamento da região”. Atualmente, o local serve de instalação para o Eco Museu de Maranguape.
“Essa farinhada é desenvolvida com os colonos e os parceiros, que são os fazendeiros vizinhos do Eco Museu”, diz. Além do evento, Graça Timbó diz que outro marco que acontece durante a farinha é a chegada dos cavaleiros e das amazonas que fazem uma cavalgada pela região. “Sempre é motivo de festa. O dia todo acontecem apresentações artísticas, mas sempre é melhor quando a cavalgada chega. Fica mais animado”, esclarece.
Expectativa
Os produtos, beiju e tapioca, chegam a ser comercializados por até R$ 5,00 cada. Para o evento, Graça espera que participem cerca de 400 pessoas, sendo que este número ainda pode aumentar. No dia da farinhada, há também a participação dos alunos, com apresentações culturais. “Se tornou um evento bastante disputado. É uma festa em que a comunidade se integra. Além de vender o beiju, a tapioca e o café, é um dia bastante festivo. Sempre que termina um ano, nós esperamos o ano seguinte e avaliamos o que pode mudar e melhorar”, confirma Graça.
No entanto, mesmo com a preocupação em sempre ter um evento melhor anualmente, ela conta que os preparativos para a farinhada começam no início de cada ano, com a confecção de blusas e divulgação. “É um evento que a gente considera como carro-chefe para o resgate da nossa cultura. Além da farinhada, temos outros eventos, como o Festival do Feijão Verde, que envolve a escola, a comunidade e todos os parceiros”. De acordo com ela, o evento ainda serve de integração e valorização da história, e torna-se mais um fator para a geração de emprego e renda aos produtores rurais.
História
No período colonial, a farinha de mandioca era usada para a alimentação dos escravos, dos criados das fazendas e engenhos, além de servir também como suprimento de viagem para os colonos portugueses.
Na casa de farinha as tarefas são divididas: alguns homens são responsáveis pelo processo de arrancar a mandioca da roça e transportá-la para a casa de farinha. As mulheres e crianças raspam os tubérculos e extraem o amido ou polvilho. O trabalho vai até a noite.
Maurício Vieira
Repórter
Mais informações:
Farinhada da Comunidade de Cachoeira, em Maranguape
14 de março
A partir das 10h
3374.0032 / 8816.4309