Legislativo Judiciário Executivo

Vereador de Beberibe é preso em operação que investiga esquema de rachadinha na Câmara Municipal

O irmão do vereador também foi detido

Escrito por Ingrid Campos , ingrid.campos@svm.com.br
Beberibe
Legenda: A operação ocorre por meio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e da 1ª Promotoria de Justiça de Beberibe, com suporte da Polícia Civil.
Foto: Divulgação/MPCE

A Operação “Vila Rica”, do Ministério Público do Ceará (MPCE) com apoio da Polícia Civil, deflagrada nesta terça-feira (5), prendeu o vice-presidente da Câmara Municipal, Francisco de Assis Sales de Oliveira, conhecido como Paraíba das Redes (Republicanos). Ele é suspeito de envolvimento em um suposto esquema de “rachadinha” com dois de seus ex-assessores.

A prática é caracterizada pelo desvio de salário integral ou parcial de assessores parlamentares para contas gerenciadas pelo próprio político ou secretários, entre outros agentes. O irmão do vereador, Damião das Redes, também foi detido.

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Segundo a investigação do MP, ele seria um auxiliar do vereador nesse processo. 

“Paraíba” foi, ainda, afastado de suas funções legislativas por 90 dias, ficando proibido de frequentar a Câmara Municipal ou qualquer outro órgão municipal nesse período.  

Agora, com o material apreendido, o órgão investigador busca identificar novos suspeitos de integrar o esquema.

A operação ocorre por meio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e da 1ª Promotoria de Justiça de Beberibe, com suporte da Polícia Civil.

O Diário do Nordeste procurou a Câmara Municipal de Beberibe via telefone e via e-mail para que se pronuncie sobre os possíveis crimes que ocorriam na Casa, mas ainda não obteve retorno. A defesa do vereador Paraíba das Redes não foi localizada. O espaço está aberto para manifestações.

Diligências 

Além do relatado acima, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao vereador, ao seu irmão e aos dois ex-assessores, bem como na sede da Câmara Municipal. Os suspeitos vão responder por associação criminosa, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. 

Nas diligências, foram apreendidos R$ 92 mil, sendo R$ 32 mil em espécie. Destes, R$ 10 mil foram encontrados na residência do vereador e R$ 22 mil na de seu irmão. Outros R$ 60 mil em cheques também foram apreendidos na casa de “Paraíba”. 

 

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