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"Tudo é possível", diz Tasso sobre aliança entre PSDB e PT contra Bolsonaro

No entanto, líder tucano ressalta que PSDB "tem candidato"

Escrito por Igor Cavalcante, Luana Severo ,
Tasso Jereissati em discurso no evento de filiação do PSDB Ceará
Legenda: Tasso Jereissati em discurso no evento de filiação do PSDB Ceará
Foto: Kid Jr

Adversários históricos na política nacional, PT e PSDB poderiam formar uma aliança para derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL), avalia o senador cearense Tasso Jereissati, um dos fundadores do PSDB. O tucano, no entanto, ressalta que seu partido já escolheu o nome do governador de São Paulo, João Dória (PSDB), para disputar a Presidência da República. 

"(Toda aliança é possível) não só para derrotar o bolsonarismo, mas para construir um momento de paz, equilíbrio, serenidade, sem ódio, todo esforço é possível e toda aliança é possível", disse o mandatário nesta segunda-feira (21), em evento de filiação do partido, na Assembleia Legislativa do Ceará.

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Questionado diretamente sobre a possibilidade de uma eventual aliança com o PT, o tucano destacou a possível chapa formada entre o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), um dos quadros hitóricos do PSDB.
 
"Tudo é possível, estamos vendo o (Geraldo) Alckmin provavelmente como vice do Lula", comentou Tasso.

O tucano descartou um apoio imediato ao ex-correligionário. "Hoje, não. Hoje, nós temos candidato pronto", disse em referência ao governador de São Paulo.

Disputa interna

Em novembro do ano passado, os tucanos decidiram lançar o nome do governador João Dória para encabeçar uma chapa na disputa pelo Governo Federal. O mandatário, porém, não contou com o apoio de Tasso na disputa interna da sigla. O cearense defendeu o nome de Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul. 

Nesta segunda-feira, Tasso voltou a comentar o arranjo interno do PSDB. “O candidato oficial é o Dória, mas precisamos ver se ele tem o desempenho, se não tiver, precisamos pensar, mas o candidato é o Dória”, disse.

O tucano defende que “qualquer candidato que não engatar” nas pesquisas repense estar na disputa presidencial. “Tem muito candidato na chamada terceira via, tem que diminuir”, finalizou. 

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