Legislativo Judiciário Executivo

Jair Bolsonaro diz que ex-ministro Milton Ribeiro responde pelos próprios atos

Presidente comentou a prisão do então titular da Educação suspeito de práticas ilícitas durante gestão

Escrito por Redação ,
Jair Bolsonaro comenta prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro
Legenda: Ribeiro foi ministro da Educação no governo de Bolsonaro
Foto: Evaristo Sá/AFP

Ao ser questionado sobre a ordem de prisão expedida contra Milton Ribeiro, o presidente Jair Bolsonaro, disse, na manhã desta quarta-feira (22), que é o ex-ministro da Educação quem deve responder por supostas irregularidades na Pasta.

"Ele responde pelo atos dele", afirmou em entrevista à Rádio Itatiaia. "Peço a Deus que não tenha problema nenhum, mas, se tem algum problema, a PF está investigando. É um sinal de que eu não interfiro na PF", completou.

Ainda em março deste ano, quando a suspeita de práticas ilícitas ganhou repercussão nacional, o chefe do Executivo saiu em defesa de Ribeiro e chegou a dizer que colocaria a "cara no fogo" pelo então ministro.

“Coisa rara de eu falar aqui, eu boto minha cara no fogo pelo Milton. Minha cara toda no fogo pelo Milton. Estão fazendo uma covardia com ele”. 

Operação Acesso Pago

Ribeiro foi preso preventivamente na manhã desta quarta-feira (22) no escopo da Operação "Acesso Pago", da Polícia Federal. A captura dele ocorreu em Santos, no Litoral de São Paulo.

O intuito da ofensiva é investigar a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

O mandado judicial cita o envolvimento do então ministro com os crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.

Segundo a decisão do juiz Renato Borelli, Milton Ribeiro deve ser conduzido à Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. O magistrado também determinou que a audiência de custódia dele aconteça ainda nesta tarde.

Ao todo, a PF também cumpre 13 mandados de busca e apreensão e outros quatro de prisão nos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal.  

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