Blogueiro cearense Wellington Macedo é liberado de penitenciária e cumprirá prisão domiciliar
Ele estava detido no Distrito Federal desde o dia 3 de setembro por ordem do STF
O blogueiro cearense Wellington Macedo teve a prisão preventiva convertida em domiciliar e deixou o Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, na madrugada desta sexta-feira (15), 42 dias após ser detido por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
Macedo é um dos alvos do inquérito que investiga a organização e o financiamento de ataques antidemocráticos no dia 7 de Setembro, protagonizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
A conversão da prisão do blogueiro foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, que acatou a petição da defesa em função de problemas de saúde. A prisão domiciliar deverá ser cumprida em endereço residencial do jornalista em Brasília.
Medidas cautelares
Em publicação nas redes sociais, a esposa do acusado, Andressa Macedo, relatou que o blogueiro será obrigado a cumprir medidas cautelares, como não usar redes sociais, não conceder entrevistas, receber visitas e manter uso da tornozeleira eletrônica.
O militante governista também deverá manter distância de, pelo menos, um quilômetro da Praça do Três Poderes, dos ministros do STF e dos senadores. Segundo Moraes, a medida cautelar visa "evitar a prática de infrações penais e preservação da integridade física e psicológica dos Ministros, senadores, servidores ali lotados, bem como do público em geral que diariamente frequenta e transita nas imediações".
"O investigado deverá ser cientificado de que o descumprimento de qualquer das medidas cautelares impostas acarretará, imediatamente, a decretação de sua prisão preventiva", frisou o ministro Alexandre de Morais na decisão.
Prisão
O cearense havia sido preso pela Polícia Federal no dia 3 de setembro, em Brasília, no âmbito do inquérito que investiga ataques antidemocráticos. A prisão dele foi solicitada pelo Ministério Público Federal e autorizada por Alexandre de Moares, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Apoiador do presidente Jair Bolsonaro, ele é investigado por ameaças relacionadas ao caso do cantor Sérgio Reis, que atacou o STF e incitou greve de caminhoneiros.
"A medida, cumprida em Brasília, tem o objetivo de aprofundar investigações em curso nos autos de inquérito que tramita naquela Corte", informou a PF em nota.