Legislativo Judiciário Executivo

Após nova intervenção nacional, comando da federação PSDB/Cidadania no Ceará volta para Tasso

Os dirigentes também decidiram que as legendas voltam a integrar a coligação do candidato Roberto Cláudio (PDT)

Escrito por Alessandra Castro , alessandra.castro@svm.com.br
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Legenda: Com a nova decisão, Tasso volta a presidir o partido no Ceará
Foto: PSDB

Após nova intervenção da Executiva Nacional, o comando da federação PSDB/Cidadania no Ceará foi alterado mais uma vez nesta sexta-feira (2), voltando às mãos do senador Tasso Jereissati (PSDB) com a destituição de Chiquinho Feitosa (PSDB).

Na ocasião, os dirigentes nacionais também decidiram que as legendas voltam a integrar a coligação do candidato Roberto Cláudio (PDT) na disputa pelo Governo do Estado. Antes, a federação estava neutra na eleição majoritária.

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A nova adesão à coligação de Roberto, por sua vez, precisa receber o aval da Justiça Eleitoral para valer. Caso seja acatada, o tempo da propaganda de rádio e TV do PSDB e Cidadania devem ser transferidos ao postulante do PDT.

Atualmente, a federação não soma tempo à propaganda de Roberto Cláudio. A intervenção da Executiva Nacional ocorre após uma solicitação do diretório do Cidadania no Ceará para tratar sobre a situação política no Estado. 

Segundo o presidente da agremiação no Ceará, Alexandre Pereira, o pedido foi voltado apenas para o alinhamento político em torno da disputa majoritária e a destituição de Chiquinho "foi consequência".

"Nós não pedimos para destituir o Chiquinho, nós estávamos preocupados com o encaminhamento da federação no Ceará, porque nós temos um alinhamento com o Roberto Cláudio. E o Chiquinho Feitosa está no palanque do Lula, do Elmano. Para nós, é constrangedor porque nós temos um alinhamento com a Simone Tebet nacionalmente e aqui com o Roberto Cláudio", justificou.

Nova decisão

De acordo com o advogado da federação no Ceará, Maia Júnior, a decisão desta sexta não é ilegal porque a convenção realizada por Chiquinho Feitosa no dia 4 de agosto – e que está em validade perante o TSE – não foi anulada.

Ele explica que apenas deliberação sobre o posicionamento na eleição majoritária passou por uma nova chancela da Executiva Nacional, diante de supostos desrespeitos à neutralidade de Chiquinho.

"O motivo dele ter sido afastado hoje é diferente. Na vez anterior (que foi judicializada), era pedido a anulação da convenção e permaneceu a do dia 4, do Chiquinho. Agora, não foi anulada a convenção do Chiquinho, ela foi mantida apenas com essa alteração (de revogar a neutralidade e aderir à coligação de Roberto)", explica.

O Diário do Nordeste procurou a assessoria de Chiquinho Feitosa e aguarda retorno.

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