'A gente foi eleito pela oposição', diz Capitão Wagner sobre relação de aliados com Governo Elmano
Sem citar casos, ele acrescentou que político que mudaram de posição tiveram dificuldade em eleições posteriores
Em visita à Assembleia Legislativa do Ceará nesta terça-feira (14) para cumprir agenda como secretário da Saúde de Maracanaú, Capitão Wagner (União) relembrou aos quadros da sua legenda que eles foram eleitos "pela oposição" ao Governo de Elmano de Freitas (PT).
A declaração foi dada após aproximação de correligionários ao chefe do Poder Executivo Estadual. O ex-deputado federal é presidente do diretório cearense do União Brasil.
"O que a gente espera é que haja bom senso por parte dos nossos parlamentares e que a gente entenda que a gente foi eleito pela oposição"
"Eu tenho 12 anos de política e todo e qualquer político que fez uma guinada de 180º, na eleição seguinte teve dificuldade. Quem era oposição e virou base teve dificuldade na eleição seguinte. (...) Então, cada um tem que fazer sua reflexão. Se você propôs na campanha fazer algo, que você possa honrar durante o mandato. É isso que a gente vai defender dentro do partido", acrescentou.
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Apesar do alerta, Wagner ponderou que o partido não irá fazer "oposição por oposição" e votará favorável às medidas que beneficiem a população.
Na última sexta-feira (10), o deputado estadual Firmo Camurça (União) foi o único parlamentar da legenda a estar presente no almoço com o governador na Residência Oficial. Elmano tinha convidado todos os deputados estaduais para o encontro de boas-vindas, na tentativa de abrir diálogo com os legisladores.
Na ocasião, mais de 30 deputados estiveram presentes. Entre os faltosos, estavam os parlamentares mais ligados à Capitão Wagner e ao ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT) – ambos derrotados na disputa pelo Palácio da Abolição em 2022.
Cirurgias eletivas
Nesta terça, Wagner visitou o Parlamento Estadual para pedir ajuda aos parlamentares e ao presidente da Assembleia, deputado Evandro Leitão (PDT), na intermediação de recursos para a Saúde de Maracanaú. Ele solicita que uma parte do dinheiro que será destinado à realização de cirurgias eletivas vá para o município, que tem um hospital polo.
"Virão R$ 25 milhões do Governo Federal para ser distribuído para as cirurgias eletivas do Estado do Ceará. Se for distribuído para todos os municípios de forma unânime, pode gerar um problema porque tem municípios que não têm estrutura para a realização de cirurgias"
"O nosso pedido é que esse recurso seja direcionado para os hospitais que têm condição de receber essa demanda. Maracanaú, por exemplo, tem condição de atender demandas (de cirurgias eletivas) da Região Metropolitana e 8 municípios que estão sob nossa responsabilidade", acrescentou.