Críticas ao PT vão dominar os debates

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Redação producaodiario@svm.com.br
Legenda: PEDRO UCHOA pode fazer um pronunciamento forte, segundo comentário que fez antes de garantir o tempo
Foto: Arquivo
Será aberto, na manhã da próxima segunda-feira, 1° de agosto, o segundo período na Assembléia Legislativa do Ceará este ano. A morte do ex-deputado Domingos Pontes, na semana passada, motivará a suspensão dos trabalhos (é praxe, não haver sessão ordinária, imediatamente à morte de algum ex-deputado). Vários deputados já se inscreveram para falar na abertura dos trabalhos legislativos, na terça-feira.

O líder licenciado do PT na Assembléia, deputado José Guimarães, esteve ontem pela manhã na Casa, mas preferiu não conceder entrevista. Ele optou, segundo disse, por ´mergulhar´ enquanto prepara sua defesa, a ser entregue por escrito, até o quinto dia útil após a abertura dos trabalhos. Guimarães precisa convencer a Mesa Diretora da Assembléia de que não teve nenhum envolvimento com os fatos que levaram à prisão o seu ex-assessor José Adalberto Vieira da Silva com R$ 200 mil reais na bolsa de viagem e mais 100 mil dólares na cueca, em função de uma representação da bancada do PSDB, endereçada à direção da Casa, pedindo a abertura de um processo disciplinar contra o petista no Conselho de Ética da Casa.

Guimarães é um dos deputados inscritos para discursar na sessão de terça-feira. Ele está registrado para falar no grande expediente, no qual disporá de 30 minutos. Antes dele, falarão, no pequeno expediente, os deputados Pedro Uchoa (PMDB), que dispõe de três tempos de 10 minutos, o deputado Delegado Cavalcante (PSDB), com dois tempos, e o deputado Fernando Hugo (PSDB), com um tempo. Guimarães manteve ontem contatos com alguns parlamentares que estavam na Assembléia, dentre eles, o 1° Secretário da Mesa Diretora, deputado Gony Arruda (PSDB).

RENÚNCIA - A prisão de Adalberto Vieira também deverá estar no discurso do peemedebista Pedro Uchoa. Ele comentou com algumas pessoas que pretende pedir a renúncia tanto do presidente do Banco do Nordeste Roberto Smith, quanto a do deputado José Guimarães. Uma das teses para o origem do dinheiro apreendido com Adalberto Vieira seria a de que os valores resultavam do pagamento de tráfico de influência por empresa beneficiada em negócios com o BNB, no qual estaria envolvido o ex-assessor especial da instituição Kennedy Moura.

Já o deputado Fernando Hugo (PSDB) disse ontem que pretende ´reverberar´ todas as críticas que vinha destilando contra o Governo Federal, desde que surgiram as primeiras denúncias sobre o esquema do chamado mensalão. ´Nunca chamaria o presidente (Luiz Inácio Lula da Silva) de idiota ou de corrupto. Mas muito antes de o senador Artur Virgílio (PSDB) usar esses termos, eu dizia que o presidente estava prevaricando, ou por omissão ou por conivência´, disparou o tucano. Ele é um dos que defendem a abertura de um processo disciplinar contra José Guimarães no Conselho de Ética da Casa.