CPI da Covid-19: ex-ministros da Saúde e o atual chefe da Pasta devem depor nesta semana

Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich serão as primeiras testemunhas que devem depor na próxima terça-feira (2)

Escrito por Redação ,
Legenda: Ex-ministros da Saúde e o atual chefe da Pasta devem depor nesta semana na CPI da Covid-19
Foto: Agência Senado

Os ex-ministros da Saúde do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) devem depor, nesta semana, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, instalada no Senado Federal. Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich serão as primeiras testemunhas ouvidas na terça-feira (4).

A CPI da Covid-19 iniciou os trabalhos na semana passada, com a eleição do presidente, senador Osmar Aziz (PSD-AM); do vice-presidente, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e a indicação do relator, senador Renan Calheiro (MDB-AL). 

A CPI da Covid-19 tem o objetivo de investigar a condução do Governo Federal na pandemia e a utilização do repasse de verbas para o combate ao novo coronavírus a estados e municípios. 

Nas primeira reunião de trabalho, na última quinta-feira (29), os senadores integrantes da CPI aprovaram um plano de trabalho inicial, além de mais de 300 requerimentos, seja para convocação de testemunhas ou pedidos de informações.

Um cronograma de trabalho foi estabelecido pela CPI para esta semana, em que os três ex-ministros da Saúde e o atual devem depor como testemunhas.

Cronograma de depoimentos 

  • Terça-feira (04/05) = Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich (ex-ministros da Saúde)
  • Quarta-feira (05/05) = General Eduardo Pazuello (ex-ministro da Saúde)
  • Quinta-feira (06/05) = Marcelo Queiroga (atual ministro da Saúde) e Antonio Barra Torres (presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa)

Novos depoimentos em curso

Integrantes da CPI querem ainda convocar o ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten que, recentemente, criticou a atuação do Governo Federal na pandemia.

Além dele, o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL) e o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), também querem ouvir a servidora do Plácio do Planalto, Thaís Amaral Moura, na comissão.

A assessora especial da Secretaria de Assuntos Parlamentares da Presidência foi apontada como autora de requerimentos apresentados na CPI pelos senadores governistas Ciro Nogueira (Progressistas-PI) e Jorginho Mello (PL-SC).

Requerimentos polêmicos

Na lista dos requerimentos de Ciro com a autoria identificada como tendo origem no Palácio do Planalto estão a convocação da médica Nise Yamaguchi, conhecida por defender o uso da cloroquina contra o coronavírus, prática não recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), uma vez que pode acarretar efeitos colaterais adversos. 

Jorginho Mello apresentou requerimento que propõe convidar Gilberto Valente Martins, procurador-geral de Justiça no Pará, com o objetivo de ouvi-lo sobre recursos públicos federais repassados para uso no combate ao coronavírus. O pai do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB-AL), é o senador Jader Barbalho (MDB-PA), que é suplente da CPI e está na oposição a Bolsonaro.

O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, também quer convocar o ministro da Justiça, Anderson Torres. Em entrevista à revista Veja, o chefe da Pasta disse que vai pedir informações sobre os inquéritos que envolvem os governadores em desvios de recursos da Saúde. A fala foi vista como ameaça indireta à comissão. 

Com informações da Agência Estadão Conteúdo

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