Bruno Covas morre em São Paulo por complicações de câncer no estômago

Ele estava internado desde o dia 2 de maio, no hospital Sírio-Libanês

Escrito por Redação ,
bruno covas sorrindo
Legenda: O prefeito Bruno Covas tinha 41 anos e, desde 2019, tratava um câncer
Foto: Patrícia Cruz/Divulgação

O prefeito licenciado de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), morreu neste domingo (16), aos 41 anos, após complicações do câncer no sistema digestivo. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês desde o dia 2 de maio, quando anunciou afastamento da Prefeitura por 30 dias para enfrentar novo tratamento. 

Segundo comunicado do hospital, Covas morreu às 8h20. 

comunicado do hospital sírio-libanês
Legenda: Nota de falecimento foi divulgada pelo hospital
Foto: Reprodução

Na última sexta-feira (14), após piora, a Prefeitura de São Paulo divulgou boletim médico apontando o quadro clínico de Covas como irreversível. Ele esteve sedado e na companhia da família. 

No último dia 3 de maio, um dia após a internação, ele foi transferido para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e entubado, após uma endoscopia sinalizar uma hemorragia no estômago. O sangramento foi causado por uma úlcera em cima do tumor original, entre o esôfago e o estômago. 

Em outubro de 2019, Bruno Covas foi diagnosticado com adenocarcinoma, um tipo de câncer maligno, situado na região do cárdia, na transição do esôfago para o estômago. Na ocasião, também foi descoberta uma metástase no fígado e uma lesão no linfonodo. 

Bruno Covas internado
Legenda: O prefeito de São Paulo Bruno Covas na companhia do filho, durante internação no Hospital Sírio-Libanês
Foto: Reprodução Instagram

Mesmo após início da quimioterapia, ele se manteve no cargo e foi candidato a reeleição em 2020, se elegendo para mais quatro anos de mandato pela prefeitura de São Paulo. 

Após o diagnóstico, Covas fez oito sessões de quimioterapia em pouco mais de um ano e as lesões cancerígenas chegaram a regredir, mas não a desaparecer por completo. Em janeiro deste ano, ele se licenciou do cargo por dez dias para dá início ao tratamento de imunoterapia. 

Em fevereiro último, o prefeito foi diagnosticado com um novo nódulo no fígado e voltou a ser internado. O tratamento de imunoterapia foi interrompido e ele voltou à quimioterapia. 

Exames de controle realizados em abril identificaram novos focos de câncer no fígado e nos ossos. Na época, o boletim médico dizia que Covas estava "clinicamente bem", e não apresenta sintomas, estando apto a seguir com atividades pessoais e profissionais após liberação". 

No dia 16 de abril, o político postou o boletim em seu perfil no Instagram agradecendo o carinho e dizendo que seguiria lutando. "Abaixar a cabeça!? De jeito nenhum. Vou seguir lutando. Ainda tenho muito trabalho a fazer. Obrigado a todos pelo carinho de sempre. Rezas, orações, pensamentos positivos que recebo de todos os cantos me fazem mais forte nessa batalha", disse. 

Após duas semanas internado, ele recebeu alta hospitalar no dia 27 de abril. A internação havia se prolongado devido a um acúmulo de líquido entre os pulmões e a pleura (membrana que reveste os pulmões), explicou o boletim médico. Apesar da alta, o prefeito não havia sido liberado para participar de agendas públicas. 

Vida e trajetória política 

Neto do ex-governador do Estado de São Paulo, Mário Covas, o prefeito Bruno Covas Lopes tinha 41 anos, era divorciado e deixa um filho de 15 anos, Tomás Covas Lopes. 

Ele era formado em direito pela Universidade de São Paulo, em economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, e estava à frente da prefeitura de São Paulo desde abril de 2018, em razão da renúncia de João Dória

Em sua trajetória política, foi deputado estadual, secretário estadual de Meio Ambiente de São Paulo e deputado federal. Covas era filiado ao PSDB desde 1998. 

Em 2016, foi eleito vice-prefeito da cidade de São Paulo, na chapa de João Dória, e reeleito em 2020, vencendo em todos os distritos eleitorais da cidade ainda no primeiro turno. 

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