Resguardando a atuação do BNB
Uma iniciativa do Governo Federal, na presente sessão legislativa, alcança o nosso conceituado Banco do Nordeste, que já teve este escriba como dirigente maior, sendo agora impactado, inexplicavelmente, pelo Poder Central, no que tange à aplicação do Fundo Constitucional do Nordeste, instituído pela Carta Magna de 1988, num lance exitoso, que contemplou, além do Nordeste, o Norte e o Centro-Oeste.
Através de Medida Provisória, o Executivo tenta reduzir prerrogativa assegurada à prestigiosa instituição, que vem investindo, com exemplar competência, os recursos da União, conforme estabelecido na legislação, impulsionando a atuação da agricultura, indústria e comércio, numa tarefa que se tem revelado promissora, pela forma como são geridos tais incentivos, vitalizadores de áreas que se tornaram primordiais ao desenvolvimento e bem-estar social.
Criteriosamente aplicadas tais disponibilidades, o facies desenvolvimentista dessa região obteve crescimento significativo, daí, por que se pretende restringir parcelas de estímulos a que faz jus aquele estabelecimento de crédito.
No âmbito do Congresso, a medida foi recebida com surpresa pelos parlamentares, sabido que o BNB atua numa linha de absoluta correção, como se infere em resultados obtidos gradualmente, com reflexos positivos para as três áreas beneficiadas pelo FNE, exemplarmente administrado dentro de padrões rígidos, de acordo com o que prelecionam as políticas de fomento do País.
Subtrair do BNB percentual expressivo, é algo imponderável, o que se refletirá em seus balanços anuais, com a gradual desfiguração dos índices de expansão dos segmentos contemplados, que conglobam resultados financeiros auspiciosos para incrementação do PIB regional.
A indústria, a agricultura e o comércio, assistidos financeiramente, ainda melhor servirão à consolidação nordestina. E o Banco do Nordeste sentir-se-á, caso se preservem os parâmetros atuais, ainda mais convencido de que os Fundos Constitucionais são uma benção para as faixas geográficas favorecidas.
Por isso, é bem oportuno repetir o adágio segundo o qual “não se muda aquilo que está dando certo...”. E a população aliviada agradece!
Mauro Benevides
Jornalista e senador constituinte