O valor do emprego para pessoas com deficiência

Em um país com baixa empregabilidade desse público, iniciativas voltadas à absorção de pessoas com deficiências são mais do que necessárias

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Analista de Diversidade & Inclusão na Arcos Dorados, homem trans, autista e especialista na pauta LGBTQIAPN+ e PcD(s)
Legenda: Analista de Diversidade & Inclusão na Arcos Dorados, homem trans, autista e especialista na pauta LGBTQIAPN+ e PcD(s)
Muitos ainda mantém a crença de que a oportunidade de emprego para pessoas com deficiência é tão somente uma atitude "generosa", ancorada em uma lei que obriga as organizações a terem representatividade. Mas, a verdade é que investir em pessoas e gerar oportunidades reais vai muito além disso. Desenvolver e oferecer caminhos e condições para a ascensão profissional de pessoas com deficiência traz um valor imensurável para toda a sociedade.
 
Em um país com baixa empregabilidade desse público, iniciativas voltadas à absorção de pessoas com deficiências são mais do que necessárias. No Brasil, menos de 30% das pessoas com deficiência têm alguma atividade profissional, conforme estudo do IBGE, de 2022. E, delas, mais da metade (55%) trabalha na informalidade.
 
Ter um emprego formal estimula o desenvolvimento da autonomia e proporciona vidas mais independentes, dignas e de qualidade, além de potencializar o conhecimento coletivo sobre a inclusão e comportamentos respeitosos. Para que as pessoas alcancem seu potencial máximo é imprescindível que as empresas compreendam e respeitem suas individualidades, tempo de aprendizagem e ofereça as metodologias, as ferramentas e acessibilidade necessárias para um ambiente adequado ao exercício das funções.
 
Neste compromisso de impulsionar a inclusão para além da cota, há empresas como a Arcos Dorados, operadora da marca McDonald's na América Latina e Caribe, que além de reconhecida como uma das maiores empregadoras de jovens, tem uma estratégia socioambiental chamada Receita do Futuro, que orienta as decisões da companhia e tem a inclusão como um princípio e a diversidade como uma prioridade.
 
Somente no Brasil, são cerca de 2 mil pessoas colaboradoras com diferentes tipos e graus de deficiência, sendo sua grande maioria (72%) deficiência intelectual, o que é ainda mais raro de encontrar no mercado. Iniciativas como a da Arcos nos orgulham, pois representam um verdadeiro motor de transformação para a sociedade, que deve combater preconceitos enraizados e vieses inconscientes. Estes, sim, limitadores.
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