Por mais objetivos e menos números na vida das mulheres

Escrito por Mariana Vieira ,
Mariana Vieira é psicóloga
Legenda: Mariana Vieira é psicóloga
O mês de março traz mais um oportuno momento para destacar diversas questões importantes que impactam as vidas das mulheres ao redor do mundo. E com a oficialização pela ONU em 1975, do Dia Internacional da Mulher, reforçamos essa oportunidade.

E nesse período, é muito comum vermos uma enxurrada de números saindo de todas as partes. Pesquisas e mais pesquisas buscando demonstrar o cenário atual nas áreas profissional, financeira, familiar, afetiva, física e mental de empresárias, executivas, mães, filhas, estudantes, esposas, donas de casa, amigas, irmãs, cuidadoras (ufa!) ou em tantos papéis que assumiram.

Reconheço a necessidade desses dados. E sou uma apoiadora do levantamento e divulgação deles! Entretanto, gostaria de propor uma reflexão para todas as mulheres que possa ir além. E assim o faço, por uma função básica do nosso cérebro: a de economizar energia. Ou seja, a probabilidade de uma pessoa pegar um número, se rotular e ali ficar, pois “a vida é assim, e não há o que fazer”, é imensa e vejo a prova disso diariamente nos meus atendimentos clínicos.

Isso não significa que devemos negar ou negligenciar a realidade e seus duros desafios, na busca de uma positividade que se tornou inclusive tóxica. Até porque as dificuldades estão aí de forma escancarada, mas, quero propor colocarmos mais energia nos resultados que desejamos, e compreender que isso já é uma forma de programar o cérebro de maneira direta para os objetivos que se almeja.

Não existe fórmula mágica e única para se alcançar os objetivos! Adoraria que tivesse, mas não é real. O que existem são caminhos, e cada um terá o seu. E se focarmos no que verdadeiramente queremos, o nosso cérebro e todo o nosso corpo irá, aos poucos, em ritmo individual, se direcionar e começar a construir isso.
A grande sacada é descobrir como, para você, esse caminho faz sentido e é mais prazeroso (ou no mínimo, em algumas situações, menos desgastante).  Para isso, se pergunte, “Como será quando eu conquistar X?” ou “Como me sinto ao conquistar Y?”. E se permita fechar os olhos e imaginar essas possibilidades, pois novamente, isso também é programação neural.

E por falar em objetivo, o desse artigo não é, como já disse anteriormente, trazer a “mágica da transformação imediata”, mas sim oferecer a gentileza da percepção de que não precisamos nos moldar aos números e sim identificá-los, traduzi-los para a nossa realidade e utilizá-los a favor do que queremos.

Mariana Vieira é psicóloga 
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