Planejar para aproveitar: o equilíbrio financeiro no fim de ano

Escrito por
Bruno Henrique producaodiario@svm.com.br
Bruno Henrique é economista
Legenda: Bruno Henrique é economista
À medida que o fim do ano se aproxima, o clima de celebração e consumo toma conta das famílias e das empresas. Dezembro é tradicionalmente um mês de confraternizações, viagens e presentes. Um período em que a empolgação e o aumento dos gastos caminham lado a lado. No entanto, sem um bom planejamento, o entusiasmo das festas pode se transformar em preocupação logo nas primeiras semanas de janeiro, quando chegam as faturas, os impostos e as despesas escolares.

Planejar as finanças é, portanto, essencial para aproveitar o momento sem comprometer o futuro. Criar uma lista de prioridades ajuda a enxergar o que realmente é importante e a evitar compras por impulso. Também é preciso cautela com os parcelamentos longos, que comprometem a renda dos meses seguintes e dificultam o controle financeiro. Uma prática simples e bastante eficaz é reservar parte do décimo terceiro salário para cobrir despesas fixas do início do ano, garantindo um começo mais tranquilo.

O consumo consciente também tem um papel fundamental. Muitas vezes, a vontade de agradar com presentes caros ou de participar de todos os eventos do período leva a gastos desnecessários. É possível celebrar com equilíbrio, optando por alternativas mais econômicas e valorizando gestos simbólicos, que expressam carinho sem pesar no orçamento. Afinal, a verdadeira comemoração está em viver o momento presente com leveza e responsabilidade.

Para quem empreende, o cuidado deve ser ainda maior. O aumento natural nas vendas e nos serviços em dezembro pode criar uma falsa sensação de prosperidade. Por isso, é fundamental separar as finanças pessoais das empresariais e acompanhar de perto o fluxo de caixa, evitando que o negócio comece o novo ano no vermelho. O fim de ano também é um bom momento para revisar resultados, planejar o próximo ciclo e identificar oportunidades de investimento.

Mais do que um exercício de matemática, organizar as finanças é um ato de consciência e autocuidado. Planejar os gastos de fim de ano não significa abrir mão das comemorações, mas sim garantir que elas aconteçam de forma saudável. Começar janeiro com as contas equilibradas é o melhor presente que se pode dar a si mesmo e o primeiro passo para um novo ano mais leve, produtivo e financeiramente sustentável.
 
 Bruno Henrique é economista
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