Os riscos das falsas ofertas de Black Friday e a importância da defesa dos Direitos do Consumidor
A Black Friday, evento global de descontos, tornou-se uma das principais datas comerciais do ano, com consumidores aguardando as ofertas. No entanto, junto ao aumento das vendas, cresce também o número de fraudes, que podem prejudicar o bolso do consumidor e violar seus direitos. Como vereador de Fortaleza e membro da Comissão de Direito do Consumidor, além de ex-presidente do Procon Fortaleza, venho alertar sobre os riscos que os clientes podem enfrentar nesse período e a importância de buscar seus direitos nas instituições competentes.
O que muitos não sabem é que algumas empresas abusam da credulidade dos consumidores, oferecendo descontos que, na realidade, não representam economia. Essa prática enganosa pode envolver aumento de preços antes da data, apenas para dar a impressão de um grande desconto, ou a promoção de produtos de qualidade inferior ou até inexistentes. Infelizmente, essas ações são comuns durante a Black Friday e prejudicam aqueles que buscam aproveitar as verdadeiras promoções.
A Lei de Defesa do Consumidor (CDC) garante que todos têm o direito à informação clara e precisa sobre os produtos e serviços adquiridos. Todavia, o descumprimento dessa norma é recorrente, e muitos acabam sendo enganados, adquirindo produtos de qualidade duvidosa ou até pagando por algo que nunca foi entregue. Em meu tempo à frente do Procon Fortaleza, presenciei diversos casos de consumidores lesados em datas promocionais. A necessidade de fiscalização e educação no consumo é mais urgente do que nunca!
Diante disso, é essencial que o consumidor esteja atento e procure se informar antes de realizar qualquer compra. Verifique se o site é confiável, pesquise sobre o histórico da empresa, compare preços com antecedência e sempre desconfie de ofertas que parecem boas demais para serem verdade. Reforço que a responsabilidade de proteger o consumidor é compartilhada entre a sociedade, as autoridades e as empresas. As vítimas de falsas ofertas têm o direito de exigir a reparação, seja com o cancelamento da compra, devolução do valor pago ou, até mesmo, com indenização por danos morais.
A Black Friday não deve ser vista apenas como uma oportunidade de consumo, mas como uma data em que o consumidor deve ser cauteloso, vigilante e exigente. Só assim podemos construir um mercado mais justo e transparente.
Wellington Sabóia é vereador de Fortaleza