Ainda há ambiente para “Turnaround” no Brasil?

Escrito por
Lucas Fiuza producaodiario@svm.com.br
Lucas Fiuza é CEO da WAM Experience
Legenda: Lucas Fiuza é CEO da WAM Experience
O “turnaround” (reestruturação de empresas em dificuldade, mas com potencial) é sempre uma jornada desafiadora. Geralmente, a dificuldade traz oportunidades que podem gerar resultados superiores ao passado, mas para realizar essa missão os envolvidos precisam ter a consciência que será uma fase de desconforto e desgaste.
 
O cenário econômico do Brasil na atualidade tem tudo para desestimular o apetite por esse fenômeno que já produziu casos de sucesso notáveis, entretanto, as crises sempre foram celeiros de oportunidade e vale ficar atento para os próximos “cases” que sempre encantam o mundo empreendedor pela visão e ousadia. Veja exemplos:
 
1.Petrobras: Enfrentou uma grave crise financeira e de imagem devido a escândalos de corrupção e má gestão. A partir de 2015, implementou um rigoroso plano de reestruturação, focando na venda de ativos não estratégicos, redução de custos e melhoria da governança corporativa. Esses esforços resultaram na recuperação da empresa, que voltou a apresentar lucros significativos e a reconquistar a confiança do mercado.
 
2.Bombril: Conhecida por seus produtos de limpeza, a Bombril enfrentou uma grave crise financeira entre 2003 e 2006, acumulando prejuízos e dívidas significativas. Após uma administração judicial e mudanças na gestão, a empresa conseguiu reverter a situação, registrando lucros e retomando sua posição no mercado.
 
3.Lego: No início dos anos 2000, a Lego enfrentava dificuldades financeiras devido à diversificação excessiva e à perda de foco em seu produto principal. A empresa decidiu retornar às suas raízes, concentrando-se nos blocos de montar e estabelecendo parcerias estratégicas, como com a franquia Star Wars. Essa estratégia levou a uma recuperação notável, transformando a Lego em uma das marcas mais valiosas do mundo.
 
4.Domino's Pizza: Em meados dos anos 2000, a Domino's enfrentava críticas sobre a qualidade de seus produtos e queda nas vendas. A empresa adotou uma postura transparente, reconhecendo as falhas e reformulando suas receitas. Além disso, investiu em tecnologia para aprimorar a experiência do cliente, como pedidos online e acompanhamento em tempo real. Essas ações resultaram em um crescimento significativo e na revitalização da marca. 
 
5.Nissan: No final dos anos 1990, a montadora japonesa enfrentava uma crise financeira que ameaçava sua existência. A aliança com a Renault foi fundamental para a recuperação. Implementando cortes de custos, fechamento de fábricas deficitárias e lançando modelos competitivos, a Nissan voltou à lucratividade e se consolidou como uma das principais montadoras globais.
 
Quais empresas Brasileiras se destacarão na crise atual? O Turismo me parece promissor.
 
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