Diabetes não precisa de medo, mas de mudança de hábitos

Escrito por Ricardo Bezerra Walraven ,
Ricardo Bezerra Walraven é diretor médico do programa Qualivida da  Hapvida NotreDame Intermédica
Legenda: Ricardo Bezerra Walraven é diretor médico do programa Qualivida da Hapvida NotreDame Intermédica

Hoje, Dia Mundial da Saúde, é importante falar de uma doença crônica que afeta cerca de 537 milhões de pessoas em todo o mundo: a diabetes. No Brasil, são quase 17 milhões de adultos convivendo com o problema, conforme dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF, sigla em inglês). Os números levam o país a ocupar a quinta posição no ranking global, atrás apenas de China, Índia, Estados Unidos e Paquistão.

As projeções apontam que, em 2030, 21,5 milhões de brasileiros deverão ser atingidos pela doença, caracterizada pela deficiência da produção de insulina – hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. A rápida taxa de crescimento da diabetes, principalmente do tipo 2, que representa 90% dos casos, desafia profissionais e sistemas de saúde no país.

Enquanto a diabetes tipo 1 é uma doença autoimune em que o próprio sistema imunológico passa a atacar as células do pâncreas que produzem a insulina, o tipo 2 está associado a fatores de risco modificáveis, como obesidade, sedentarismo, estresse e má alimentação – com consumo excessivo de alimentos açucarados.

Diante desse cenário preocupante, a Hapvida NotreDame Intermédica implantou, em novembro de 2017, o programa Viver Bem em Fortaleza. A iniciativa visa promover qualidade de vida por meio de um atendimento integral, acolhedor e contínuo para o controle da diabetes tipo 2 e a prevenção de complicações da doença. 

Desde a criação até os dias atuais, o Viver Bem já atendeu mais de 22 mil beneficiários com diabetes tipo 2 na capital. Essa marca coloca Fortaleza como líder no Brasil em termos de usuários e consultas dentro do projeto. A maioria desses pacientes foi convidada a participar da iniciativa após os exames realizados na rede de atendimento da operadora indicarem alterações. O programa hoje está presente também em Recife, Salvador, Manaus, Goiânia, Curitiba e Porto Alegre.

Por meio do projeto, é possível ter acesso a consultas com médicos e enfermeiros capacitados, plano terapêutico de acordo com o risco, cartilha com orientações de educação em saúde, monitoramento para garantir consultas de retorno dentro do prazo e avaliação periódica dos pés. Todo esse trabalho vem produzindo resultados expressivos, com os pacientes do Viver Bem apresentando 63,38% menos internações em unidades de terapia intensiva (UTIs), 49% menos amputações e 49% menos infartos comparado a diabéticos não assistidos pela iniciativa.  

O diagnóstico de diabetes não é uma sentença de morte, pois há vida e muita saúde para pessoas que convivem com a doença. No entanto, é necessário que o diabético adote hábitos saudáveis, como manter uma alimentação adequada e praticar atividades físicas regularmente. A prevenção é sempre o melhor caminho.

Ricardo Bezerra Walraven é diretor médico do programa Qualivida da  Hapvida NotreDame Intermédic

 
 
Médico especialista em reprodução humana
Marcelo Cavalcante
05 de Maio de 2024
Jornalista. Analista Judiciário (TRT7) e Mestrando em Direito (Uni7)
Valdélio Muniz
05 de Maio de 2024
Professor aposentado da UFC
Gonzaga Mota
03 de Maio de 2024
Jornalista e senador constituinte
Mauro Benevides
02 de Maio de 2024