Desafios e avanços na educação no Brasil e no mundo

A história da educação é complexa e varia conforme as realidades de cada país. A avaliação educacional, porém, permanece central, e o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), da OCDE, é uma referência global. O PISA mede o desempenho de alunos de 15 anos em leitura, matemática e ciências, fornecendo dados comparativos para aprimorar políticas educacionais. O Brasil, participante do PISA desde 2000, tem apresentado resultados modestos, subindo algumas posições, mas ainda distante das referências globais.
No Brasil, desafios educacionais significativos persistem, como uma taxa de escolarização de 30,5% entre jovens de 18 a 24 anos, com desigualdade notável entre brancos e negros. A taxa de conclusão do ensino superior é muito mais baixa entre negros e pardos, refletindo as desigualdades históricas no acesso à educação de qualidade.
Pensadores brasileiros como Florestan Fernandes, Anísio Teixeira e Paulo Freire influenciaram profundamente o debate educacional. Freire, com seu modelo dialógico de ensino, em que professores e alunos aprendem juntos, ainda é uma referência na educação popular, adotada por diversos países em desenvolvimento.
Nos últimos anos, reformas na educação básica e no ensino médio têm sido foco no Brasil. Em 2023, o governo apresentou o Projeto de Lei 5.230/2023, que redefine a Política Nacional de Ensino Médio, propondo novas regras sobre carga horária, disciplinas obrigatórias e itinerários formativos.
Apesar das reformas, o Brasil ainda enfrenta dificuldades para garantir uma educação de qualidade para todos. Muitas crianças e jovens seguem fora da escola, especialmente em áreas afetadas por pobreza e desigualdade. O Dia Internacional da Educação serve como um momento de reflexão sobre esses desafios, renovando o compromisso com uma educação de qualidade e inclusiva para todos.
Geam Carles Mendes dos Santos é reitor do UniFanor Wyden