Avanços legais na proteção dos direitos das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Escrito por Laís Albuquerque ,
Advogada no escritório Renan Azevedo
Legenda: Advogada no escritório Renan Azevedo

Nos últimos anos, o Brasil tem testemunhado um progresso significativo no reconhecimento e na garantia dos direitos das pessoas autistas. Esse avanço é evidenciado pela implementação de uma série de leis e regulamentações que visam promover a inclusão e a igualdade de oportunidades para esses indivíduos em diversos aspectos da vida social, educacional e profissional. Um marco importante nesse processo foi a promulgação da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, em 2015.

Essa legislação representou um passo fundamental ao reconhecer o espectro autista como uma deficiência e ao estabelecer uma série de direitos e medidas de proteção para as pessoas diagnosticadas com autismo. Entre essas medidas, destacam-se a prioridade no atendimento em serviços públicos e privados, a reserva de vagas em instituições de ensino e no mercado de trabalho, além do acesso a benefícios e programas de assistência social.

Além disso, a aprovação da Lei Berenice Piana, em 2020, que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, reafirmou o compromisso do Estado brasileiro com a garantia dos direitos. No entanto, para que essas leis funcionem de forma permanente, é necessário implementar mecanismos que acelerem o processo de aplicação e cumprimento das mesmas, garantindo assim uma proteção mais rápida e eficaz.

É inegável que essas legislações têm sido essenciais para promover a inclusão e a igualdade. No entanto, ainda há desafios a serem enfrentados. Uma das principais batalhas é a efetiva implementação dessas leis, garantindo que elas sejam cumpridas em sua totalidade e que os direitos sejam respeitados em todas as esferas da sociedade. Além disso, é fundamental promover a conscientização da sociedade sobre as necessidades dessa comunidade e combater o preconceito e a discriminação que ainda persistem. A inclusão efetiva desses indivíduos requer o engajamento de todos os setores da sociedade, incluindo o poder público, as instituições de ensino, as empresas e a sociedade civil.

Portanto, é urgente que continuemos avançando na proteção dos direitos das pessoas com Transtorno do Espectro Autista, garantindo-lhes o respeito, a dignidade e a igualdade de oportunidades que merecem. Somente assim poderemos construir uma sociedade mais justa, inclusiva e igualitária para todos.

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