Trabalhadores rodoviários fazem paralisação no Terminal do Papicu, em Fortaleza

Movimentação do local já foi normalizada

Escrito por Redação ,
Terminal do Papicu durante paralisação
Legenda: Terminal voltou a operar normalmente após a paralisação
Foto: Rafaela Duarte

Uma paralisação foi registrada na tarde desta terça-feira (20) no Terminal do Papicu, em Fortaleza. O ato, dirigido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro), começou às 15h, e a circulação dos veículos voltou ao normal antes das 17h.

A manifestação ocorreu menos de um mês depois de paralisação conjunta nos terminais do Papicu e da Messejana. Na ocasião, os profissionais reivindicaram melhorias nas condições de trabalho em meio à pandemia de Covid-19.

O presidente do Sintro, Domingos Neto, afirmou, nesta terça, que oito trabalhadores do segmento foram a óbito em razão do novo coronavírus de março para abril, e reclamou sobre a falta da vacinação dos profissionais. "A nossa categoria é de serviços essenciais, e a gente não tá sendo respeitado, não tá tendo valor pela profissão que a gente exerce".

Trabalhadores rodoviários com cartazes em protesto
Legenda: Manifestantes expressaram luto por colegas de trabalho que morreram por Covid-19.
Foto: Rafaela Duarte

Dentre as demandas da categoria, está o aumento da frota de transportes coletivos para 100%, atendendo à solicitação do Ministério Público do Estado (MPCE). "Desde o dia 24 de março que a gente vinha se mobilizando, fazendo protesto de uma hora, duas horas, mas a gente não tá sendo atendido", afirma Domingos Neto, alegando que o número de veículos diminuiu "de ontem para hoje". "Com isso tá piorando cada vez mais a situação da nossa categoria".

Os trabalhadores também requerem que o antigo plano de saúde seja retomado — o atual está trazendo "sérios problemas para a categoria", segundo o presidente do sindicato. Ainda de acordo com ele, a categoria já está se organizando para maior mobilização.

Sindiônibus não soube de protesto

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) comunicou que não foi notificado previamente sobre a ação e repudia "qualquer ato que prejudique a circulação dos ônibus e impeça o deslocamento da população".

A entidade disse não ter conhecimento sobre a pauta buscada pelo Sintro, alegando que não foi procurada pelos manifestantes para estabelecer algum acordo. O Sindiônibus acrescenta que "está sempre aberto ao diálogo e que as pautas devem ser tratadas sob negociação, sem prejuízo ao fornecimento do serviço de transporte".

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