Serviço aeromédico atende a 64 recém-nascidos no CE

Desde agosto de 2014, quando iniciou a formação do grupamento aeromédico, 64 bebês que necessitavam de atendimento hospitalar foram transportados pelas aeronaves da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS).

Os atendimentos com o foco em recém-nascidos é, de acordo com o relações públicas do órgão, tenente-coronel Marcus Costa, um dos menos solicitados. No entanto, é o que vem registrando aumento de demanda. No primeiro ano, foram transportados apenas três recém-nascidos. Já em 2015,esse número saltou para 22; e, em 2016, foram 31 bebês.

"Esse público é uma minoria. No entanto, chama atenção porque os casos envolvendo recém-nascidos são mais graves", explica o tenente-coronel que informa que a maioria das solicitações pelo serviço acontecem para pacientes da região do Cariri (Crato, Barbalha e Juazeiro do Norte) para a Capital. "A presença do Hospital Regional do Cariri foi importante para o aumento desses registros".

Cardiopatias

As principais causas para o transporte aeromédico estão relacionadas ao nascimento de prematuros ou a cardiopatias, que requerem o deslocamento para o Hospital do Coração, em Fortaleza. Somente neste ano, foram realizados oito atendimentos com estas duas tipificações. Mas há ainda casos como fraturas graves ou queimaduras, que são encaminhadas para o Instituto Doutor José Frota (IJF).

O serviço deve ser solicitado pelo hospital em que o paciente está sendo atendido. Normalmente, o pedido é para transporte de cidades do Interior para Fortaleza. Mas já foram registrados deslocamentos de outros estados para a Capital. "É importante ressaltar que o serviço é interligado com a Central de Regulação Médica do Samu Ceará, Central de Regulação Média da Ciopaer e a Central de Leitos. Nenhum paciente é removido sem que um leito esteja garantido para ele", ressalta o oficial.

A equipe médica da Ciopaer, composta por médico e enfermeiro 24h, acompanha o translado dos pacientes desde o hospital. Os dois helicópteros são de fabricação alemã e possuem capacidade de configuração para UTI aérea. Eles são equipados com modernos equipamentos, entre eles, incubadoras de transportes de recém-nascidos, ventilador pulmonar, bombas de infusão e monitor multiparamétrico. Tudo isso devidamente acoplado aos suportes mecânicos e eletrônicos da aeronave, no intuito de oferecer uma assistência adequada aos transportados.