‘Ponte Velha’, no Poço da Draga, ganhará escada de metal e deck flutuante
Iniciativa faz parte do projeto “A queda Livre”, um dos vencedores do concurso promovido pelo Instituto Cultural Iracema (ICI)
A praia do Poço da Draga há tempos vem se transformando em mais um point de Fortalezenses e turistas. E aos que se aventuram nos grandes saltos da Ponte Velha, uma novidade: a estrutura deve ganhar uma escada de metal e um deck flutuante no mar, previstos para este semestre.
É o que prevê o projeto "A queda é livre", uma das iniciativas selecionadas pelo edital Cria P.I., do Instituto Cultural Iracema (ICI), em parceria com a Prefeitura de Fortaleza. A intervenção é assinada pelos arquitetos Vitor Vieira e Francisco Cavalcante.
Bastante frequentada nos fins de semana por jovens da comunidade do Poço da Draga, a Ponte Velha atrai, cada vez mais, adeptos e admiradores de outras regiões da cidade. A expectativa é que a ação facilite o retorno do mar à estrutura, uma vez que a escada existente no local é improvisada e, atualmente, mantida com a ajuda de cordas.
“Observando o grande processo de degradação que a Ponte vem sofrendo, a gente pensou como poderia assegurar um pouco mais esse uso, que é tão rico e já tão consagrado e legítimo no local, mas ao mesmo tempo oferecer um pouco de segurança. Mesmo nessas condições, as pessoas não deixam de pular, mas acabam ficando suscetíveis a acidentes por não terem uma estrutura adequada para voltarem à Ponte”, explica Vitor Vieira.
O projeto, no entanto, será desenvolvido de forma coletiva com os moradores da comunidade, segundo explica o arquiteto. A ideia é instalar uma escada de marinheiro metálica de cerca de 13 metros, com degraus antiderrapantes, além de um deck flutuante de 2,5 metros de raio, no mar.
Além de oferecer mais segurança para quem está nadando, segundo destaca Vitor, o equipamento servirá como incentivo à permanência no mar. “Esse deck vem como símbolo de resistência da comunidade, que ocupa esse espaço, mas de resistência também desse símbolo histórico da cidade, que de certa forma está abandonado, carente de ações de renovação”, comenta.
Ainda conforme o arquiteto, o projeto passa, atualmente, por uma etapa burocrática - de aprovação de documentação - antes da liberação dos recursos previstos no edital. O prazo para a conclusão do projeto é de três meses.