Oferta de saúde deve nortear Programa Mais Infância no Ceará

Ampliação de leitos, como no Hospital Albert Sabin, deve ser anunciada nas próximas ações da política pública, voltada para as crianças, que reúne projetos educativos, sociais e de assistência clínica no Estado

Escrito por Redação , metro@svm.com.br
Legenda: Primeira-dama do Estado falou de futura ampliação do Hospital Infantil Albert Sabin como ações do governo
Foto: Natinho Rodrigues

No Ceará, o mapeamento das principais carências das crianças é feito pelo Programa Mais Infância, com ações de desenvolvimento físico, cognitivo e emocional, transferência de renda, formações e doações de alimentos. Com cinco anos de funcionamento, completados neste mês, o programa se tornou política pública em março de 2019 e tem um foco para sua continuidade: a saúde infantil. Ampliação de leitos infantis deve ser anunciada em suas próximas atividades.

Cuidar da saúde deste público começa pelo pré-natal e vacinação até o aumento das unidades hospitalares especializadas. Os investimentos na rede de saúde materno-infantil já apresentam resultados evidenciados na redução da mortalidade infantil, como analisa a idealizadora da iniciativa, Onélia Santana. "Tivemos muitas lutas durante esse tempo, e conquistas, mas nós temos desafios a serem enfrentados. Na saúde, por exemplo, nós temos muitas metas, (como) estrutura de leitos para a infância", explica a primeira-dama do Ceará. "São mecanismos importantes de leitos, de abertura como, por exemplo, a ampliação do Albert Sabin. Muitas ações que serão brevemente anunciadas".

Nos últimos três anos há queda no número absoluto de óbitos infantis. Foram 1.688 em 2017, 1.527 no ano seguinte e 1.494 em 2019, como registra a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). A assistência do Programa também chega aos lares de 95 mil famílias com atividades de fortalecimento de vínculos voltadas para a redução da violência contra a criança. Foram contabilizadas 3,4 milhões de visitas até a suspensão em decorrência da pandemia do novo coronavírus. "Como mãe, cidadã cearense e psicopedagoga, eu sei o quanto é importante as políticas públicas voltadas para a infância. Nós teremos um resultado, no futuro dessas crianças".

Rede

Também são criados espaços físicos para com ampliação de vagas em creches nos chamados Centros de Educação Infantil (CEIs). Nesta semana, foi anunciado a criação de 37 CEIs no Estado, cada um com capacidade para atender 100 ou 200 crianças menores de quatro anos. Já existem outros 50 destes espaços pedagógicos em funcionamento.

Com a propagação do novo coronavírus nos municípios cearenses os esforços do Mais Infância foram voltados para a distribuição de alimentos, com 248 toneladas entregues entre março e agosto, por meio do Mais Nutrição. Para isso, são feitas parcerias com cerca de 90 entidades como é o caso da Associação dos Moradores do Parque Universitário, em Fortaleza. "O programa veio com o objetivo de complementação da alimentação para ajudar essas crianças que precisam", explica o voluntário Tiago Dutra, 33. Cerca de 180 famílias estão cadastradas para o recebimento de cestas básicas, polpas de frutas e sopas prontas. "Está chegando aonde é para chegar: nas comunidades e nas periferias", destaca. Ele enxerga como missão fazer com que os investimentos sociais alcancem a quem mais precisa.

Nesse sentido, o bairro Cristo Redentor, na Capital, foi escolhido para receber uma estrutura com restaurante social, cursos de balé e robótica. "Na verdade, é um complexo Mais Infância de Arte e Cultura, que vai ser implantado no Cristo Redentor, com crianças e adolescentes. Baseados nas evidências dos levantamentos nós vamos fazer esse complexo", detalha Onélia Santana. O projeto já está pronto e deve ser concluído no próximo ano, como explica.

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