Moradores do prédio na Maraponga entram com ação coletiva na Justiça contra os proprietários
No documento, é solicitada a indenização por danos materiais e morais conforme advogado
Moradores do prédio que desabou parcialmente na Maraponga, no começo de junho, agora buscam indenização judicialmente. Na obra de demolição, iniciada nesta sexta-feira (28), boa parte dos pertences estão sendo destruídos junto com a estrutura e, para recuperar os danos, os moradores entraram com ação coletiva na Justiça contra os proprietários.
Marcelo Magalhães, advogado que representa cerca de 15 pessoas residentes do prédio, explica que foi aberta ação judicial cautelar, tramitando na 25ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza, onde foi obtida liminar para tornar indisponíveis os bens dos proprietários do imóvel.
Neto Barbosa, analista, era morador do apartamento 303 e diz estar revoltado por não conseguir retomar seus pertences. Para ele, a obra vem para cumprir com a determinação judicial que previa multa caso a obra de demolição não iniciasse no prazo indicado pela Justiça.
Está sendo muito angustiante ver todos os nossos bens entulhados. Nós fomos ludibriados, disseram que iam ser feito o resgate dos nossos bens e estão literalmente só demolindo o prédio para cumprir a determinação judicial
Após o bloqueio dos bens, Marcelo disse que o próximo passo será a interposição dos pedidos de indenizações pelos danos materiais e morais, de cada morador, que figura no polo ativo da ação cautelar. O advogado informou que os moradores do segundo ao quarto andar criaram expectativas de reaver os bens e documentos deixados nos apartamentos, o que não aconteceu quando foi iniciada a obra.
Quem também foi afetado
Conforme a assessoria da Defesa Civil de Fortaleza, os moradores da área isolada para a demolição precisam sair de suas residências durante as atividades da equipe técnica mas que podem dormir em casa. Essa deve ser a rotina até que toda a estrutura seja demolida para os residentes de 25 casas da região.
Já em relação as 15 casas interditadas, logo após o desabamento, depois do processo de demolição a Defesa Civil irá realizar vistorias em todos os imóveis para atestar a segurança estrutural e, só então, os moradores poderão retornar, ainda segundo a assessoria.