Foram registrados em média 22 assaltos por mês em ônibus durante o primeiro semestre de 2020

Os números são da Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social (SSPDS)

Escrito por Redação , metro@svmcom.br
Parada de ônibus
Legenda: Durante os seis primeiros meses deste ano, Fortaleza registrou 131 roubos a coletivos.
Foto: Natinho Rodrigues

A insegurança no transporte público é um assunto recorrente entre os fortalezenses, principalmente por causa do número de assaltos constantemente registrados dentro dos ônibus de Fortaleza e Região Metropolitana. Em 2020, durante os seis primeiros meses do ano, 131 roubos a coletivos, o número representa cerca de 22 ocorrências por mês. Os dados foram repassados pela Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social (SSPDS). 

Se comparado ao ano anterior, o número demonstra queda de 61,3% nos índices de assaltos a coletivos. Em 2019, foram registrados 339 roubos ao transporte público entre os meses de janeiro e junho, o que representa média de 55,6 assaltos por mês, conforme dados do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) e da SSPDS. Vale a pena ressaltar que desde março, por causa da pandemia no novo coronavírus, tanto o número de ônibus quanto o número de passageiros sofreram redução, reflexo da política de isolamento social

Para Erasmo de Oliveira, 61 anos, o mais estressante ao utilizar o transporte público da capital é a insegurança. “Você tem que ficar todo momento atento, observando quem entra no ônibus e o medo, muitas vezes, induz a fazer julgamentos errados”, relata o comerciante que já passou, inclusive, por assalto dentro de coletivos antes da pandemia. “Eu estava pegando o ônibus de um terminal para o outro, era noite, e uns jovens entraram no coletivo, estavam com arma branca, e levaram os celulares e dinheiro de todo mundo”, relembra. 

“Depois de experiências como ser assaltado em ônibus, transporte que você usa todos os dias, você não consegue mais ficar despreocupado”, destaca Erasmo, sobre o sentimento de insegurança constante.

Ações 

Segundo a SSPDS, a pasta e suas entidades vinculadas, como a Polícia Civil e a Militar, desde de 2017 participam de um Grupo de Trabalho (GT) junto ao Sindiônibus, onde discutem ações e instruções para a manutenção da segurança nos transportes públicos. Em nota a pasta destaca que as “ações integradas se estendem às ruas, onde diariamente são realizadas abordagens aos passageiros de coletivos na Capital e na RMF, como parte da Operação Passageiro Seguro”, pontua. 

As ações da Operação Passageiro Seguro são pontuadas conforme mapa estatístico, ou seja, são feitas em locais que apontam a maior incidência de roubos a coletivos. “É de fundamental importância o registro das ocorrências nas delegacias da Polícia Civil para subsidiar os trabalhos de investigação policial, que visam à identificação e captura de suspeitos”, conclui, em nota. 

Procurado, o Sindionibus informou que as medidas de segurança são de responsabilidade da SSPDS.

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