Em Fortaleza, setembro de 2020 foi o quinto mais quente desde 1961

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, a tendência é de que as temperaturas continuem subindo até o fim deste ano

Escrito por Redação ,
Beber água, usar chapéu e protetor solar são dicas fundamentais
Legenda: Beber água, usar chapéu e protetor solar são dicas fundamentais
Foto: Ivan Kruk/Shutterstock

O calor intenso sentido nas últimas semanas, em Fortaleza, já pode ser considerado histórico: segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em 2020, a Capital teve o quinto mês de setembro mais quente dos últimos 59 anos. 

[Atualização às 10h46, de 12/10/2020] O Sistema Verdes Mares noticiou anteriormente que setembro de 2020 foi o mais quente dos últimos 59 anos. A informação correta é de que foi o quinto setembro mais quente dos últimos 59 anos.

“Como os sistemas frontais não conseguiram avançar além do Sul do País, a bolha quente de ar ficou aprisionada no interior do continente, e, como a gente saiu do inverno e entrou na primavera, a terra começa a gradativamente esquentar. E a atuação dessa massa de ar seco potencializou esse aquecimento”, explica Morgana Almeida, meteorologista do Inmet.  

Segundo ela, a tendência é de que as temperaturas continuem subindo até o fim deste ano. 

Cuidados

O período exige, em especial, cuidados com a pele: chapéus e bonés, óculos escuros e blusa de manga comprida tornam-se essenciais, assim como o uso de protetor solar, inclusive por debaixo da máscara, conforme enfatiza a dermatologista Hercília Queiroz. 

“Se a pele é mais oleosa e o paciente já sentiu um aumento de umidade, sim, orienta-se que possa haver uma mudança de máscara, e se nesse momento houver um controle de oleosidade, conseguir reaplicar o filtro solar ou mesmo realizar uma pequena limpeza da pele, depende da rotina do paciente”, alerta. 

A combinação entre altas temperaturas e a umidade do ar também traz prejuízos para o meio ambiente. Ainda em setembro, o Ceará registrou 440 focos de incêndios, sendo 50 deles em um único dia. Este foi o maior registro dos últimos 23 anos. 

“Esse ano supera 2019, porque eles estão muito mais complexos, mais difíceis de controlar. São incêndios mais violentos, que vêm com mais força”, afirma o tenente Waldomiro Loreto, especialista em incêndios florestais do Corpo de Bombeiros. 

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