Desenvolver competências socioemocionais é desafio para escolas

O tema foi abordado no primeiro dia do “II Seminário Internacional Mais Infância Ceará: a Garantia dos Direitos das Crianças na Construção de um Futuro Sustentável”, que acontece até hoje em Fortaleza 

Escrito por Redação , metro@verdesmares.com.br 
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Foto: FOTO: J L ROSA

Frequentar os bancos escolares, atualmente, requer das instituições muito mais do que o ensino das matérias tradicionais, como o português e a matemática. O mundo moderno exige cada vez mais dos indivíduos características que vão da liderança à criatividade, passando pela comunicação e resiliência - aspectos que fazem parte das chamadas competências socioemocionais.

O papel determinante das escolas nesse tipo de formação, especialmente entre as crianças e os adolescentes, esteve entre os temas debatidos no primeiro dia do “II Seminário Internacional Mais Infância Ceará: a Garantia dos Direitos das Crianças na Construção de um Futuro Sustentável”, evento realizado pelo Governo do Estado, que acontece até esta quarta-feira (29) no Centro de Eventos do Ceará. 

Para o professor Doutor da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Economia Social (Lepes), Daniel Santos, a escola é um dos caminhos mais eficientes para influenciar o desenvolvimento socioemocional dos alunos nos dias atuais, cada vez mais assumindo um papel que antes era de exclusividade da família. 

Estabilidade

Nesse aspecto, trabalhar habilidades como foco, curiosidade, persistência, entre muitos outros, alcança-se desde objetivos a curto prazo, como a melhora no aprender, assim como habilita o individuo para uma vida mais sustentável. “O mundo em transformação exige mais competências para nos prepararmos pra vida. E aí a gente fala, por exemplo, de evidências que mostram que os empregos que pagam melhor, que têm se destacado mais, são aqueles mais intensivos no uso de competências socioemocionais. Por outro lado, também temos evidências fortes de que essas competências são fonte de uma vida mais longa, de uma vida mais estável do ponto de vista familiar, de menos envolvimento com tabagismo, com alcoolismo, previne doenças”, diz.

Ainda segundo o professor, existem pelo menos 17 competências centrais a serem trabalhadas desde a infância, organizadas em cinco grandes dimensões: a autogestão, a amabilidade, o engajamento, a resiliência emocional e a abertura ao novo. 
“Essa tem a ver com o aprendizado, onde está a curiosidade, a imaginação. Pessoas que têm mais abertura ao novo conseguem enxergar mais oportunidades, explorar o mundo de uma maneira mais completa e complexa”. 

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