Covid-19: vacina no Ceará poderá ser aplicada até julho de 2021, diz Dr. Cabeto
Secretário da Saúde afirma que produção do imunizante para o Estado está sob responsabilidade da Fiocruz.
No Ceará, a vacinação contra a Covid-19 pode ocorrer até julho de 2021, de acordo com Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Dr. Cabeto, secretário estadual da Saúde. A informação foi dada em entrevista ao Sistema Verdes Mares na manhã desta segunda-feira (19).
“O Estado do Ceará está ligado às ações da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). A nossa vacina que está com a Fiocruz tem previsão pro ano que vem. Quer dizer, a vacinação em massa seria até julho do ano que vem”, afirma o secretário.
A vacina que será produzida pela Fiocruz é desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela empresa AstraZeneca, no Reino Unido. Em setembro, a Fundação assinou um contrato de Encomenda Tecnológica (Etec) de 100 milhões de doses da vacina. O composto está na fase de testes em humanos.
Outras opções, porém, não estão descartadas pelo secretário da Saúde. “O Estado de São Paulo tem uma parceria entre o Butantan e um laboratório chinês que tá falando que começa a produção em dezembro. Tá sendo discutido a nível de Ministério (da Saúde) se nós podemos nos antecipar e usar essa vacina também”, explica.
Em São Paulo, o imunizante é desenvolvido pelo laboratório Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. O Governo do Estado paulista anunciou que deve se reunir com o Ministério nesta semana, para tratar sobre a inclusão da ‘CoronaVac’ no calendário de nacional de imunizações.
Restrições
O Dr. Cabeto alertou ainda para o aumento da positividade de casos em Fortaleza, na última semana, e para a recomendação de medidas mais restritivas de isolamento em cinco municípios do Interior do Estado: Crateús, Icó, Russas, Juazeiro do Norte e Tauá. Ele reforçou que a pandemia persiste e que permanece a obrigatoriedade do uso de máscaras.
“Eu sei que a população tá cansada, que o isolamento provoca depressão, angústia, dificuldade para as famílias, mas esse é um momento de exceção. Esse descumprimento pode levar a pequenos surtos, que podem voltar a representar aumento no número de atendimentos e de óbitos”, ressalta.