Após denúncias de superlotações, Sindiônibus promete mais 140 ônibus na rua a partir de segunda
A audiência online do MPCE também abriu debate para um reescalonamento de horários, para as várias atividades liberadas no estado.
As aglomerações no transporte coletivo tem gerado muitas reclamações por parte da população, desde o início da reabertura do comércio, principalmente em Fortaleza. Na manhã desta sexta-feira (17), o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) realizou audiência para cobrar medidas efetivas sobre esse assunto, a órgão responsáveis. Como uma das medidas o Sindiônibus garantiu mais 140 ônibus a partir de segunda-feira (20), na Capital
Durante a reunião com o MPCE, em resposta às denúncias de aglomeração, o presidente do Sindiônibus propôs o aumento de 140 carros, na frota de ônibus da Capital, a partir da segunda-feira (20). “A frota adicional de 140 ônibus trouxemos como resposta. Não é número jogado, temos estudos da demanda. A cada etapa que abre, vai aumentando devagarzinho, a projeção apontava para [inclusão de] 70 ônibus na segunda, então a gente dobrou por precaução”, garante o presidente Dimas Barreira.
Para que uma resolução efetiva da aglomeração nos coletivos, nesse momento delicado de contágio pelo vírus Sars-Cov-2, principalmente em horários de pico, o MPCE fez recomendações a Prefeitura de Fortaleza. “Nós iremos recomendar ao prefeito [de Fortaleza] que 100% da frota seja implementada no prazo máximo de dez dias, com a prefeitura municipal subsidiando esse retorno de 100% da frota nos horários de pico”, declara a promotora de Justiça, Ana Cláudia Uchoa, responsável pelo caso.
Em junho, segundo o Sindiônibus, a frota circulante era de 1.102 ônibus, correspondentes a 64% da frota do mesmo período de 2019. Também em junho, houve redução no número de pessoas transportadas: os 8,2 milhões de passageiros corresponderam a apenas 38,1% dos 21,7 milhões usuários no mesmo mês do ano passado.
Presente na reunião, o titular da Secretaria Municipal da Conservação e Serviços Públicos (SCSP), João Pupo, contudo, não mostrou certeza sobre ser possivel o cumprimento da medida. "Temo que não haja os recursos financeiros suficientes pra fazer face a essa despesa, mas vamos receber a recomendação e dar a ela a resposta embasada", informou.
Estavam presentes na reunião representantes da Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP); da Agência Reguladora do Estado do Ceará (ARCE); da SOCICAM Administração, Projetos e Representações LTDA, que é responsável pela administração dos terminais rodoviários de Fortaleza; e do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Metropolitano de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), além de figuras públicas da política da capital.