Amigos, familiares e entidades lançam campanhas de doação para vítimas do desabamento
Pelo menos duas campanhas em andamento são destinadas a apoiar duas famílias vítimas do acidente
O desabamento do Edifício Andrea, em Fortaleza, gerou diversas manifestações de solidariedade, como doações deixadas no local por populares e, passado um dia da tragédia, campanhas virtuais de arrecadação de valores e outras de doação em geral.
O prédio desmoronou às 10h28 desta terça-feira (15), no cruzamento das ruas Tibúrcio Cavalcante com Nogueira Acioli, em Fortaleza. Até a tarde desta quarta-feira (16) há confirmação de três mortes, sete pessoas resgatadas e sete desaparecidas, possivelmente presas sob os escombros.
Duas das campanhas em andamento são destinadas a apoiar duas famílias vítimas do acidente, que perderam todos os pertences no desabamento. Uma delas é a do estudante de arquitetura, Davi Sampaio, que enviou uma selfie aos familiares enquanto estava preso sob os escombros do prédio. As doações podem ser feitos no site Vakinha.
A segunda campanha é em favor de uma funcionária da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), que morava no local com marido e filho. Os três passam bem.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Secção Ceará, está recebendo doações de água, alimentos não perecíveis e produtos de higiene. Os produtos podem ser levados à sede do órgão, na Avenida Washington Soares. Os dois maiores clubes cearenses, Ceará e Fortaleza, também estão recebendo doações em prol das vítimas.
Trabalho de resgate
Socorristas pedem doações de equipamentos para os profissionais do resgate. Muitos trabalhadores voluntários estão atuando e necessitam de material de proteção.
“A gente tá aqui trabalhando como voluntário na equipe do Samu. No momento tá chegando muito material, mas alguns materiais que a gente mais tá precisando tão faltando”, diz a enfermeira Manuela Arruda.
Ela pede a doação dos seguintes itens:
- Máscara N95
- Capacete
- Óculos de proteção
- Luvas do tipo vaqueta (mais resistente)
- Energético e barra de cereal
A operação de resgate virou a noite e conta com colaboração de bombeiros e outros profissionais voluntários. Natália Amaral, uma das voluntárias, relatou as dificuldades e emoções do trabalho no local. Ela afirma que só vai deixar o resgate quando "o corpo cansar".
O caso é investigado pela Polícia Civil do Ceará. Um inquérito foi instaurado ainda na terça-feira, dia do ocorrido. A investigação está a cargo do 4º Distrito Policial, no Bairro Pio XII.