Ceará marca reunião com CBF para ter acesso aos áudios do VAR do jogo contra o Goiás

O clube foi prejudicado por decisões da arbitragem na última segunda-feira (12)

Legenda: O presidente do Ceará, João Paulo Silva, ficou na bronca com a arbitragem na derrota para o Goiás
Foto: Israel Simonton / Ceará

A diretoria do Ceará marcou uma reunião com a comissão de arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para o dia 22 de agosto, quinta-feira, para protestar após os gols polêmicos sofridos na derrota para o Goiás, na última segunda (12), pela Série B. Na reunião, o clube terá acesso aos áudios do árbitro de vídeo (VAR) nos lances que culminaram com o resultado.

Antes, a gestão alvinegra enviou um ofício à CBF solicitando o afastamento dos árbitros Wagner Magalhães (RJ), juiz principal do jogo, e Thiago Peixoto (SP), que atuou de VAR na referida partida.

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Além disso, o clube também acionou o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), com base no artigo 259 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), e entrou com uma notícia de infração. No documento, o presidente João Paulo Silva questionou a condução do duelo pela arbitragem.

"A análise minuciosa das imagens dos lances controversos, disponíveis nos links logo mais informados, revela uma série de erros inaceitáveis que prejudicaram significativamente o resultado da partida e mancharam a imagem da competição", aponta um trecho do documento enviado.

O Ceará perdeu para o Goiás por 2 a 1, no estádio da Serrinha/GO, de virada. Na ocasião, abriu o placar com Aylon, mas viu o goleiro Tadeu marcar duas vezes, através de pênaltis, e vencer o jogo. A situação foi alvo de protesto por parte de torcedores e também culminou com um vídeo do diretor de futebol alvinegro, Haroldo Martins, questionando as decisões da arbitragem.

Lances polêmicos

No 1º pênalti convertido pelo Goiás, o goleiro Tadeu concedeu dois toques no momento da cobrança. Logo, se posicionou para chutar com o pé direito e a bola, na trajetória, acerta também o esquerdo.

Pelo regulamento da IFAB, que rege as regras do futebol mundial, no capítulo 14 sobre tiro penal, na página 128, o documento aponta que “a bola estará em jogo quando for chutada e se mover claramente. O batedor não poderá tocar na bola novamente até que ela tenha tocado em outro jogador”. Em caso de infração, “será concedido um tiro livre indireto”, com posse para o adversário.

Na 2ª penalidade executada por Tadeu, o início da jogada que resultou no pênalti sofrido pelo atacante Thiago Galhardo foi alvo de polêmica, pois o volante Jean Irmer sofreu a falta na origem.

Nesse caso, o mesmo documento indica que o árbitro de vídeo (VAR) deve interferir. Na página 147, sobre o protocolo para o árbitro assistente de vídeo (VAR), no artigo 2, a ferramenta deve revisar uma situação de tiro penal/não tiro penal e identificar se existia uma infração cometida pela equipe atacante na jogada do incidente do tiro penal (toque de mão na bola, falta, impedimento ou etc.).