Doze casos suspeitos de coronavírus são investigados no Ceará, diz Sesa
Outras nove ocorrências foram descartadas no estado. Números atualizados foram divulgados na noite desta segunda-feira (2)
O número de casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus chega a 12 no Ceará, conforme atualizado na noite desta segunda-feira (2) pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). Além disso, outros nove casos suspeitos foram descartados.
Os novos números apontam que todos os 12 casos ainda investigados estão em Fortaleza, onde outros sete já foram descartados. Sobral e Crateús tiveram uma suspeita cada, ambas já excluídas.
Ainda na tarde desta segunda-feira, o Ministério da Saúde divulgou que o Ceará estava com seis casos suspeitos e outros seis descartados. Os dados, contudo, ainda serão atualizados e devem ser divulgados pelo órgão federal no próximo boletim, conforme explicado pela Sesa, já que o Ministério reúne posteriomente os casos informados por cada estado do país.
Até o momento do anúncio do Ministério da Saúde, o Brasil estava com dois casos confirmados, ambos em São Paulo, 433 casos em investigação e 162 descartados.
Primeiros casos suspeitos no Ceará
O primeiro paciente com suspeita da doença no Ceará foi em Sobral, no fim de janeiro, mas a infecção foi descartada dias depois.
Todos os pacientes com suspeita do novo coronavírus fazem exames que são analisados pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen), em Fortaleza, conforme padrão estabelecido no Estado. A análise deve apontar se estes pacientes estão com alguma doença que já circula no Ceará, como algum tipo influenza.
Caso essa possibilidade seja descartada, as amostras devem ser enviadas para um dos Centros Nacionais de Influenza, são eles: a Fiocruz (Rio de Janeiro), o Instituto Evandro Chagas (Pará), ou Instituto Adolfo Lutz (São Paulo) para confirmar ou descartar a infecção por coronavírus.
Coronavírus
A disseminação de casos suspeitos e confirmados do novo coronavírus provoca várias dúvidas. Mas, não há motivo para desespero, reforça o infectologista Danilo Campos, que foi ouvido pelo Sistema Verdes Mares para tirar dúvidas sobre o assunto. Um dos esclarecimentos feitos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que pessoas que não tenham sintomas respiratórios não precisam utilizar máscara cirúrgica.
Essa não é a primeira vez que o mundo entra em alerta por causa de uma doença. Nos últimos séculos, várias epidemias amedrontaram a população e deixaram número de vítimas em grandes proporções.
No mundo
A epidemia do novo coronavírus já vitimou fatalmente de 3.043 pessoas no mundo inteiro, segundo atualização da Organização Mundial da Saúde (OMS) desta segunda-feira (2), provocando consequências em todo o planeta, sobretudo econômicas, com risco de recessão na Alemanha e Itália e uma desaceleração do crescimento mundial.
Na China - onde o vírus surgiu, no fim de 2019 - as autoridades anunciaram, em atualização nesta segunda-feira, 42 novas mortes, o que eleva o balanço da doença no país a 2.912 vítimas fatais. Os 202 novos casos registrados nesta segunda-feria na China continental representam, no entanto, o menor número diário desde janeiro.